Alvo de muitas críticas entre os tricolores, o projeto na Eslováquia com o Fluminense Samorin era bem visto por Marcelo Teixeira. O agora ex-diretor esportivo da base falou sobre a empreitada fora do país. Se foi um erro? Aí ele já não sabe.
– Ele estava em um contexto do projeto internacional. Se pegar os números desse projeto, que tinha como objetivo levar os jogadores a outros mercados para melhorar a formação… o Ailton a gente vendeu e gerou limpo para o Fluminense 1 milhão de euros. A gente levou para jogar torneios fora, foi emprestado no Azerbaijão e em Portugal… Ele rendeu isso. Só o Ailton pagou esse dito prejuízo que as pessoas falam. Vendemos ainda o Samuel e o Eduardo. O Léo Pelé, no plano de carreira, a gente emprestou para o Londrina, voltou e depois foi para o Bahia e rendeu R$ 3,5 milhões.
O Samorin, realmente, não deu certo pois o Fluminense, naquele momento, deu um passo maior do que a perna. Não tinha como dar esse passo. Foi um erro pela dificuldade financeira por não poder arcar com o projeto. Ele era fantástico, continuo achando isso e ninguém me tira isso da cabeça.
No primeiro ano da gestão Abad, dividiu a base com o profissional. Foi um período conturbado. Percebi que, no Brasil, é humanamente impossível tentar implementar um projeto de longo prazo no futebol profissional. A pressão só faz pensar no jogo de domingo. Tem a cobrança, a torcida, a direção e os conselheiros. Aí, não se consegue pensar no longo prazo. Se fosse um clube empresa, talvez fosse diferente. O problema é ser uma associação sem fins lucrativos – comentou.