Depois de mais de sete anos, Fred deixou o Fluminense. Ele viaja para Belo Horizonte nesta quinta-feira para fazer exames médicos e assinar contrato de dois anos com o Atlético-MG, Vários foram os motivos para a conclusão da negociação, que teve início na última segunda-feira.
A saída de Fred tem como motivos o aumento salarial negado no início do ano, promessas não cumpridas, que geraram insatisfação do jogador, a relação desgastada com o técnico Levir Culpi, a vontade de parte da diretoria em fazer a transação e por uma liderança que já não era mais considerada a mesma no vestiário.
– O Fluminense hoje não comporta mais um jogador como o Fred – disse uma pessoa ligada à alta cúpula de futebol tricolor e que foi dita no meio da confusão entre o atacante e Levir no início de abril.
Fred recebia R$ 800 mil mensais de salário e queria R$ 1 milhão. O presidente Peter Siemsen não quis pagar. Como o Fluminense gastou milhões nas contratações de Henrique, Richarlison, Diego Souza e Renato Chaves, o artilheiro insistiu. A diretoria, então, prometeu dar o aumento. Mas não cumpriu.
O centroavante não queria deixar o eixo Rio-BH. Ou ficava no Rio de Janeiro ou voltava para a capital mineira, onde moram seus parentes e a família de sua esposa Paula Armani, que está prestes a dar a luz à segunda filha do atacante. Nos últimos dias, ele foi oferecido ao Cruzeiro, seu ex-clube, que recusou. Já o Atlético-MG gostou da ideia e contratou Fred pensando na iminente saída do argentino Pratto.