A possível volta do Campeonato Carioca em meio à nova pandemia do novo coronavírus tem gerado uma ampla discussão e até polêmica nos bastidores do futebol do Rio de Janeiro. O Fluminense, contrário ao retorno por conta do risco, vem sendo minoria na discussão. Mas o que acontece caso a Ferj determine o recomeço da competição e o clube se recuse a entrar em campo?
Pelo regulamento do Campeonato Carioca, explica o jornalista Gabriel Amaral em seu canal “Raiz Tricolor” que um time que não vá a campo perca a partida por 3 a 0. Há ainda o Regulamento Geral de Competições (RGC) da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), no qual se colocam algumas condições para a não realização de partidas.
Entre os 11 motivos previstos pelo RGC para a não realização de um jogo, dois se enquadram neste caso. Um seria a falta de garantia de segurança dos envolvidos. E o outro é “motivo extraordinário não provocado pelos clubes e que cause situação incompatível com realização ou continuidade da partida”. Uma pandemia, aparentemente, entraria neste caso.
Se um clube se recusar a ir a campo sem que essas questões sejam consideradas, além da vitória declarada ao adversário, há uma multa prevista que varia de R$ 100 a R$ 100 mil. Se houver reincidência específica, o participante é excluído do campeonato.
Explica-se: Caso seja determinado o reinício do campeonato e o Fluminense não vá a campo, haverá um julgamento. Se não houver o entendimento que a pandemia caracteriza motivo para a não realização de um jogo, além do oponente ser declarado vencedor, o Tricolor pode levar essa multa. Repetindo o WO, o clube é novamente julgado e, neste caso, corre o risco de exclusão.
Se o Fluminense for excluído do Estadual, a perda financeira ficaria na casa de R$ 1 a R$ 1,5 milhão, levando-se em consideração o que o Tricolor ainda tem a receber da Globo e em premiação num cenário hipotético em que chegue no máximo à semifinal da Taça Rio.