O desgaste que culminaria com a então decisão de Pedro Antônio se desligar do Fluminense, na última quinta-feira, aconteceu por uma série de fatores. O dirigente, que continua no clube, se envolveu em outras áreas e isto causou incômodo, principalmente por ter tomado decisões um tanto polêmicas.
Uma delas, com a saída do gerente de Arenas, Cadu Moura, foi, ao lado do presidente Peter Siemsen, aumentar o preço dos ingressos, descumprindo a promessa do clube, que havia divulgado uma tabela de preços até o fim do ano. O vice de projetos especiais também cortou os ingressos de cortesia para os jogadores. O clube sempre concedia 30 bilhetes para todo o elenco e a decisão de encerrar essa prática revoltou o grupo, que voltou a ganhar as entradas no jogo seguinte.
O dirigente também interferiu na relação entre clube e Consórcio que administra o Maracanã. O grupo não gostou de algumas propostas e passou a evitar fazer concessões ao Flu. Alguns pedidos pequenos do Tricolor, como mais vagas para estacionamento, eram recusados.
Focado no projeto do CT, Pedro Antônio tenta convencer ao governo do estado a ceder entulhos das obras do metrô para ajudar na construção do centro de treinamento do Fluminense.