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Última atualização: 18/03/2025

Saiba o que esperar dos adversários do Fluminense na fase de grupos da Sul-Americana

Tricolor caiu no Grupo F da competição internacional, com Unión Española (CHI), Once Caldas (COL) e San Jose (BOL)

A Conmebol sorteou, na noite de segunda-feira, na sua sede em Luque, no Paraguai, os grupos da Copa Sul-Americana. De volta ao torneio, o Fluminense caiu no F, com Unión Española (CHI), Once Caldas (COL) e San Jose (BOL). Em reportagem, o site ge analisou os adversários e o que o Tricolor terá pela frente em busca de uma vaga nas oitavas de final.

Entenda o regulamento da Sul-Americana

Tal qual na Libertadores, o Fluminense enfrentará os adversários do grupo em ida e volta, mas há uma diferença: apenas o primeiro colocado de cada chave avança diretamente às oitavas de final da Sul-Americana. Os segundos dos grupos enfrentam numa eliminatória os times que caírem em terceiro lugar nas suas respectivas chaves da Libertadores. Quem vencer esses duelos em ida e volta se junta aos demais classificados nas oitavas da Sula.

Conheça os adversários do grupo do Fluminense

Unión Española (CHI)
O Unión Española está perto da zona de rebaixamento do Campeonato Chileno, ocupando a 13ª colocação de 16 clubes participantes. Os chilenos têm três pontos conquistados em quatro partidas disputadas. Porém, disputou um jogo a menos comparado aos adversários.

O clube se classificou para a Sul-Americana com a segunda melhor campanha do país a não se classificar para a Libertadores. Será a segunda vez que o Fluminense enfrentará o adversário na história: a única partida ocorreu em 1976, e o Tricolor venceu por 1 a 0, em jogo válido pelo Torneio Viña del Mar.

Estádio: o Unión Española manda seus jogos em Santiago, no Estádio Santa Laura, com capacidade para quase 20 mil torcedores. Inaugurado em 1922, é o estádio mais antigo do país. Porém, foi anunciado um plano para que o local receba uma reforma de modernização que o transformaria no estádio mais moderno do Chile.

Técnico: ídolo da instituição, José Luis Sierra, de 56 anos, é quem comanda a equipe. Ele é torcedor assumido da Unión Española, na qual atuou como jogador, iniciou como treinador nas categorias de base e foi promovido ao profissional. Como atleta, teve passagem rápida pelo São Paulo em 1995. À beira do gramado, soma dois títulos com o clube: o Campeonato Chileno e a Supercopa do Chile, ambos em 2013.

Momento: para ir à fase de grupos da Sul-Americana, o Unión Española eliminou o Everton, também do Chile. No campeonato nacional, ensaia uma reação após golear o Deportes Iquique, fora de casa, por 4 a 0. Inclusive, o jogo teve que ser encerrado antes do tempo por causa de confrontos nas arquibancadas.

Craque: entre os destaques, é preciso ficar de olho em dois jogadores do meio-campo: os meias Ariel Uribe e Pablo Aránguiz, os dois atletas mais técnicos da equipe. Apesar de ser reserva, a principal contratação para esta temporada é um nome de peso, apesar da idade — o atacante Matías Suárez, de 34 anos, ex-River Plate. Também faz parte do elenco o atacante paraguaio Fernando Ovelar, que viralizou ao estrear no profissional do Cerro Porteño com 14 anos.

Once Caldas (COL)
Para encarar o Once Caldas, o Fluminense terá que encarar uma pequena altitude (2.160 m). Neste momento, o clube colombiano está na 11ª colocação, com 12 pontos conquistados em nove jogos – são 20 equipes no campeonato nacional. É a primeira vez que o Fluminense enfrentará o adversário na história. O Tricolor venceu oito dos 12 jogos que disputou contra colombianos em competições da Conmebol.

— A equipe é comandada por Hernán Darío ‘El Arriero’ Herrera, ex-jogador e campeão como técnico da Liga Colombiana. Acima da tática, Herrera brilha pela boa gestão de grupo. Ele vinha tendo trabalhos complicados, mas este é o seu melhor momento nos últimos anos, retornando às competições internacionais. A experiência dos seus jogadores prevalece na equipe, embora tenha alguns valores jovens interessantes. Sua principal força é jogar pelas laterais e sua maior figura é o veterano e interminável Dayro Moreno — afirma o jornalista Cristian Pinzón, da Caracol Rádio.

Estádio: o Once Caldas manda seus jogos na cidade de Manizales, no Estádio Palogrande, que tem capacidade para mais de 30 mil torcedores. Ele foi palco da final da Conmebol Libertadores de 2004, quando os colombianos conquistaram o título em cima do Boca Juniors. A altitude do local é de 2.160 m, porém, é considerado leve e de poucos efeitos para os jogadores.

Técnico: Hernán Darío Herrera, de 67 anos, é o técnico do Once Caldas. Seus melhores resultados à beira do gramado foram com o Atlético Nacional, com o qual conquistou a Copa Colômbia, em 2018, e o Campeonato Colombiano, em 2022. Como jogador, defendeu a seleção de seu país e disputou a Copa América de 1979.

Momento: a equipe se classificou para a Sul-Americana por ser a segunda melhor equipe da tabela acumulada do Campeonato Colombiano que não foi para a Libertadores. No torneio deste ano, eliminou o Millonarios para chegar à fase de grupos, mas vem de três derrotas consecutivas no campeonato nacional.

Craque: o grande destaque da equipe é o experiente atacante Dayro Moreno, ex-Athletico e que estava no grupo do Once Caldas que venceu a Libertadores de 2004. Ele já foi um dos principais jogadores do futebol colombiano defendendo o Atlético Nacional e esteve na seleção do país. Aos 39 anos, ele é capitão do Once Caldas. Gilbert Alvarez (ex-Cruzeiro) e Mateo Zuleta (ex-Atletico GO) também já atuaram no Brasil. O artilheiro da equipe no ano é Michael Barrios, que fez carreira na MLS.

San Jose (BOL)
Na bola, um adversário acessível. Na altitude, um dos piores para se enfrentar. Mas é um detalhe: apesar de eles mandarem seus jogos em Oruro e, em tese, serem donos da segunda maior altitude desta competição (3.735 m acima do nível do mar), o seu estádio não tem liberação de iluminação da Conmebol. Por isso, existe chance de mandar a partida no Estádio Hernando Siles, em La Paz.

— O San José chega ao seu primeiro torneio internacional. Durante a pré-temporada, mudou de técnico. Antes era Julio César Baldivieso e entrou o argentino Dalcio Guovagnoli para substituí-lo. O clube viu sair vários de seus destaques e não é mais a mesma equipe competitiva de antes. Vale ressaltar que o GV San José não é o San José original, um time de muita tradição que disputou a Copa Libertadores no passado. O nome original era Gualberto Villarroel, mas como San José de Oruro está à beira da falência e do desaparecimento, os dirigentes de Gualberto Villarroel decidiram adotar o nome de San José — conta o jornalista da Mauricio Panozo López, da Red Uno de Bolivia.

Estádio: o Estádio Jesús Bermúdez, em Oruro, é um dos grandes temores desta edição de Sul-Americana e principal ponto de confiança do San José. São 3.735 m acima do nível do mar, o que o coloca em 5º lugar entre os entre os estádios de futebol de maior altitude do mundo. A capacidade total é de 33 mil torcedores. Porém, o clube não tem liberação de iluminação da Conmebol para mandar jogos internacionais lá. Caso não consiga, deve atuar no Estádio Hernando Siles, em La Paz, a 3.650 m acima do nível do mar.

Técnico: o clube é comandado pelo argentino Dalcio Giovagnoli, de 61 anos. Seus melhores trabalhos recentes foram com o Oriente Petrolero, da Bolívia, e o Cobresal, do Chile, com o qual conseguiu ser campeão nacional. Porém, não tem tido sequência nos últimos clubes que dirigiu.

Momento: o San Jose disputou apenas um jogo nesta temporada: venceu o Aurora por 1 a 0, que lhe rendeu a classificação para a fase de grupos da Sul-Americana. O Campeonato Boliviano de 2025 ainda não começou.

Craque: o San José perdeu seus três artilheiros para 2025: Brian Sobrero, Javier Sanguinetti e Roler Ferrufino. Porém, o time se reforçou com jogadores com rodagem pela América do Sul: o atacante Raul Becerra, de 37 anos, e o meia Arismendi, de 33. A expectativa é que eles sejam os destaques da equipe.