Em entrevista ao canal “Raiz Tricolor”, no YouTube, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, voltou a comentar sobre o assunto SAF e revelou a iminência do acerto do Tricolor com o banco BTG, que ajudará o clube a fazer um estudo mais aprofundado sobre o tema e pode ser o pontapé inicial para a SAF no futuro. Segundo Mário, o contrato está próximo de ser assinado. Confira a declaração:
– Eu não sou contra a SAF, não tem nenhuma entrevista minha que eu disse isso. Nada impede que o Flu futuramente possa virar uma sociedade anônima de futebol. Mas, curiosamente, os três primeiros clubes a virarem SAF estão ou estavam na Série B. Esses clubes viram na SAF um resgate rápido de uma receita que eles perderam, que foram os direito de TV. Essa asfixia financeira fez com que eles já se transformassem em uma sociedade anônima, vendendo a maior parte dos ativos do clube, sem avaliar os riscos. A SAF nada mais é do que um formato jurídico de gestão. Um investidor, ou vários, compram os direitos ativos dos clubes de futebol. Todas as receitas, jogadores da base, tudo passa a ser dele. Todas as receitas do clube passam a ser do investidor. Ou seja, quando a TV for pagar ao clube, ela vai pagar para o investidor. Esses investidores não estão chegando e pagando a dívida. A SAF diz que as dívidas do clube ficam na associação e 20% das receitas vão para pagar essas dívidas associativas em dez anos. Se essa dívida não for quitada em dez anos, porque não se sabe quanto o clube vai faturar, ele passa a ser solidário e assume a dívida. Uma das preocupações que temos, e nós já temos uma comissão que estuda a implementação da SAF ou não no futuro, é a insegurança jurídica. O Cruzeiro, por exemplo, está sofrendo condenações da empresa do Ronaldo – disse ele, acrescentando:
– O que eu posso dizer ao torcedor é que o Fluminense está extremamente atento ao tema. Nós participamos até de uma série de discussões sobre, somos sempre convidados a participar das discussões de SAF, da Lei Pelé… O Tricolor está em vias de assinar contrato com uma grande empresa do mercado (BTG) que vai fazer uma avaliação sobre o tema. Estamos sim em conversas com o BTG para fazer um estudo ainda mais aprofundado. São vários fatores a ser levados em consideração. Se tivermos uma liga de clubes em 2025, por exemplo, o valor dos clubes aumentam exponencialmente – concluiu.