Quem também tem influência direta na grande fase de Richarlison é o treinador do Fluminense. Abel Braga foi elogiado pela promessa tricolor, que ganhou a confiança do comandante após recusar férias na volta do Sul-Americano sub-20.
– Não conhecia ele pessoalmente. Cheguei e nossa identificação foi rápida. Ele me deu um abraço, se apresentou e me perguntou se eu queria jogar contra o Volta Redonda. Eu disse que queria, e a partir daí ele gostou de mim. Ficou feliz que eu não fiz questão das férias. Se eu fizesse férias, seria pior, teria que fazer uma outra pré-temporada, então eu preferi ficar sem férias e ficar com o grupo. Ele sabe conversar com os atletas. Na hora de dar bronca, ele dá bronca, mas na hora de elogiar, ele é carinhoso com a gente. Essa receita tem dado certo.
Abel é paizão, mas quando precisa falar mais grosso não titubeia. Richarlison confirma que os jogadores ouviram muito depois do primeiro tempo no clássico com o Botafogo na última quinta, no Engenhão. Surtiu efeito. O Flu venceu por 3 a 2, de virada, com excelente atuação do jovem.
– A conversa foi pesada. O homem estava bravo (risos). Ele xingou a gente mesmo, mandou a gente tomar naquele lugar, mas foi preciso. A gente fez um primeiro tempo horroroso, nada deu certo. Precisávamos de uma chacolhada mesmo. Depois do intervalo, a equipe voltou com outro espírito e conseguimos virar o jogo. A gente fez o que vinha mostrando nos jogos anteriores. O espírito de equipe pesou.