Ex-goleiro de Fluminense e Atlético-PR, Ricardo Pinto viveu um drama nas Laranjeiras em 1996, quando foi agredido após a partida entre as duas equipes. Posteriormente, na última rodada daquele ano, o Furacão, em casa, perderia para o Criciúma, adversário direto do Tricolor, por 2 a 1, e sacramentaria o rebaixamento do Flu, mesmo tendo vencido o Vitória por 3 a 1. O ex-jogador garante que, mesmo com a maioria dos titulares poupados, a intenção (apesar dos pedidos e da festa da torcida) não era entregar e sim evitar a perda de jogadores importantes na fase seguinte da competição.
– Aquele foi um jogo atípico, o Atlético já estava classificado e não queria correr risco de perder jogadores por lesão para as quartas de final com o Atlético-MG. O Criciúma jogou a vida dele na competição, o Atlético-PR se dedicou ao máximo, porque os jogadores têm dignidade, mas ganhou quem fez mais. Mas que fique claro: o jogo era entre Atlético-PR e Criciúma, não tinha nada a ver com o Fluminense – disse.
Rebaixado, o Fluminense não jogou a Série B em 1997. Na ocasião, em virtude do escândalo das arbitragens protagonizado por Ivens Mendes, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem de Futebol (Conaf), Alberto Dualib, mandatário do Corinthians, e Mario Celso Petraglia, homem forte do Atlético-PR, a CBF anulou os descensos do Tricolor e do Bragantino pelo campeonato ter ficado sob suspeita.