Em meio à pandemia do novo coronavírus, os planos de praticamente todo o mundo mudaram. Hoje na Grécia, onde defende o PAOK, Maurício, jogador revelado pelo Fluminense, revela como está a situação. Por lá, os treinamentos presenciais já voltaram.
– A comissão técnica nos mandava alguns treinamentos para gente fazer dentro de casa. Mas no momento em que começou tudo isso, eu conversei com um preparador físico do clube: “O que você acha de me ajudar nos treinamentos em casa?”. Ele aderiu à ideia, eu peguei vários aparelhos do ginásio do clube e comecei a fazer o treinamento aqui em casa. Só descansava no domingo. Sou meio ruim de lembrança (risos), mas está fechando a terceira semana agora (de treinos presenciais). Nas duas primeiras semanas, a nossa equipe foi dividida em três grupos de dez jogadores. Mas nós não podíamos nem usar o vestiário. Eles nos davam a roupa de treino… Você ia, treinava e, depois, já voltava para a casa – contou, emendando:
– Estavam esperando um nova decisão do ministro da Saúde, porque queriam ver como seria essa volta, se teriam muitos casos ou não. Mas como os casos não aumentaram, o ministro de Saúde deu uma entrevista autorizando a gente fazer os treinamentos abertos. Agora não temos mais nada em grupos, já é a equipe toda e está indo bem.
Maurício, agora, pensa em como será o recomeço do Campeonato Grego. Em sua visão, as partidas devem ser disputadas com portões fechados.
– Não tem lógica ter torcida. Acho que é brincar muito com a sorte. Acredito que nas próximas semanas eles nos passarão uma ideia melhor de como será (a volta do campeonato) – falou.
Já a respeito de redução salarial em meio ao problema com a Covid-19, as discussões continuam. Maurício revela como os clubes estão vendo a situação com os jogadores.
– Desde março até agora, nós nunca tínhamos certeza sobre nada: quando (o futebol) iria voltar, se iria voltar. Então o pessoal sempre foi deixando para depois (a discussão sobre redução salarial). Agora, com a reabertura do campeonato, eles começaram a ter essa conversa com a gente. Já nos fizeram uma proposta. Nós, jogadores, estamos analisando para fazer uma contraproposta. É normal o clube olhar o lado financeiro. A gente entende que, infelizmente, perdeu patrocinadores, não tem torcida… Mas a gente também precisa defender o nosso lado – explicou.