Noite fria, jogo morno, torcida quente, mesmo com poucos tricolores nas arquibancadas. Em busca da reabilitação no Campeonato Brasileiro, o Fluminense foi a campo com inúmeras mudanças promovidas pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. Apostando na garotada de Xerém, para dar mais agilidade ao Time de Guerreiros, Luxa conseguiu fazer a equipe marcar mais, já a partir de se campo de ataque. Em contrapartida, sem Fred, faltava o poder de finalização. Desta maneira, o placar não saiu do zero nem para o lado tricolor, muito menos para o lado alvinegro.
Durante a semana, depois de protestos, após a péssima atuação no Fla-Flu, ficou evidente para o treinador que algo precisava ser feito. E foi: Ronan, Willian, Igor Julião e Kennedy, esperanças das categorias de base, iniciaram a partida frente ao Corinthians como titulares. As modificações, pelo menos no que tange ao espírito do time, parecem ter tido efeito. “Mordendo” mais do que o habitual, os comandados de Vanderlei marcava desde o campo de ataque. Edinho, mais recuado, conseguia fechar bem os espaços dos corinthianos.
O entrosamento maior dos paulistas, entretanto, ficava claro. Sem pressa, o grupo de Tite tocava a bola de um lado para o outro, tentando abrir espaço. Tendo apenas Felipe com a função de armar, o jogo ficava centralizado demais quando o Time de Guerreiros tinha a posse de bola. Talvez, por conta do ineditismo da escalação, foram comuns os passes errados. Na ala esquerda, Ronan pouco subia ao ataque, mais preocupado em fechar seu setor. Em contrapartida, Igor Julião avançava sempre que podia, porém, muito marcado, pouco conseguia produzir.
Vale destacar a atuação de Diguinho. Diferentemente de outras ocasiões, o volante se mostrou participativo, arriscando a gol, fazendo jogadas de efeito e sem descuidar da marcação. Mas o jogo todo foi muito mais tático do que disputado. Com pouquíssimas chances para ambos os lados, o Fluminense só assustaria de verdade na segunda etapa. E a chega do time foi com Igor Julião, mandando de fora da área. No rebote, Samuel, que havia entrado no lugar de Kennedy, apagado, quase estufou as redes.
Depois da metade da etapa final, a partida, que se encontrava muito equilibrada, virou para o lado do Corinthinas. Num contra-ataque dos paulistas, Gum acabou chegando atrasado, atingindo Emerson Sheik, num carrinho lateral. Sem pensar duas vezes, o árbitro expulsou o zagueiro. A partir daí, valeu a raça e disciplina dos jogadores do Flu, no campo de defesa, tirando tudo quanto é tipo de bola. No fim, Cavalieri ainda salvou o Tricolor, praticando boa defesa.