Em 1995, o Fluminense buscou Renato Gaúcho de Búzios, onde jogava seu futevôlei após ser dispensado do Atlético-MG. Aos 32 anos, desacreditado para o futebol, fez história ao marcar o lendário Gol de Barriga e comandar aquele Tricolor ao título carioca. Vinte e dois anos depois, relembrou a “coroação” de Rei do Rio.
– Fomos campeões quando ninguém acreditava no Fluminense. Levei o time para o Porcão da Barra. Ficamos lá até as seis da manhã. Quando cheguei em casa, disse pra Maristela (a mulher): “Quero descansar. Sei lá que horas vou acordar”. Mas, uma hora depois, havia um batalhão de jornalistas na minha porta. Eu estava um lixo, mas decidi atendê-los. Levaram uma roupa de rei. Vesti. Saí de cara inchada na foto. Era muito cedo – lembra o ex-craque, que não vê mais ninguém com capacidade de assumir a coroa:
– Eu sou o Rei do Rio. E, quer saber? Em 1987, o Chacrinha me coroou também Rei do Brasil. Ponto. Acabou. Tem que fazer muito para ser Rei do Rio ou do Brasil. Agora só há espaço, no máximo, para um príncipe no futebol – diz Renato, o atual técnico do Grêmio.