Batizado como evangélico aos 18 anos, mas frequentador de cultos desde os 13, Gustavo Scarpa mudou muito seu comportamento. O pai, José Luiz Scarpa, o Zezo, que é católico, revela que o filho era brigão quando mais jovem, algo que o atrapalhou em seu começo de carreira. O distanciamento da mãe era o principal motivo.
– Gustavo era esquentado, ficava nervoso, queria brigar. Uma vez exagerou num lance e foi expulso. Fiquei fulo da vida. Conversei com ele e disse que não poderia agir assim, nem mesmo com a arbitragem, seria ruim para ele. Hoje, ele não reclama, sempre cumprimenta a arbitragem – diz o pai, orgulhoso do filho que só levou três amarelos e fez 30 faltas em 24 jogos no Brasileiro.
A religião não foi o único caminho seguido por Scarpa. O meia também se engajou politicamente. Em 2014, chegou a ficar numa manifestação ao lado das Laranjeiras. Ele não pensa em filiação partidária, mas não escondeu a preferência.
– Não estou incentivando ninguém à violência, mas acredito que o único jeito de mudar é pelas mãos do povo, indo às ruas. Sou anti-PT. Não vivi os tempos do FHC, mas o que vejo é absurdo.