Ganso assumiu a 10 em 2019 e ainda vai usá-la por um bom tempo... (Foto: Marcelo Gonçalves - FFC)

No dia em que o mundo se despede do mais famoso camisa 10 de todos os tempos (Pelé, cujo velório se iniciou na Vila Belmiro na manhã desta segunda-feira), o portal ge lembrou os jogadores que usaram o tradicional uniforme no Fluminense no século XXI. A camisa rodou um bocado antes de Ganso a assumir em 2019. Confira quem a usou:

2001
Magno Alves foi o primeiro 10 tricolor neste século. Ele herdou o número ainda no ano 2000, quando Roger Flores passou a usar a 21 por uma estratégia de marketing da diretoria com a empresa “Embratel”. Mas ao voltar do Benfica, de Portugal, no meio de 2001, Roger reassumiu a camisa.

 
 
 

2002
Roger Flores seguiu vestindo a 10 no ano seguinte, mas retornou ao Benfica no meio do ano ao final do empréstimo. Com isso, quem passou a usar o número foi o meia Beto, ex-Flamengo, contratado após a saída de Roger. Ele jogou o Brasileirão com a camisa, mas não teve tanto sucesso pelo Tricolor.

2003
Após a saída de Beto ao final de 2002, o Fluminense apostou no então promissor Carlos Alberto para herdar o número, e o jovem meia não sentiu o peso da camisa e correspondeu. Ele a vestiu durante toda aquela temporada.

2004
Com a venda de Carlos Alberto para o Porto, de Portugal, na virada do ano, a 10 novamente ficou vaga. E passou para as mãos de Edmundo, contratado no início de 2004. Apesar de usar a camisa 7 em algumas ocasiões, ele auxiliou Romário usando a 10 em seus primeiros jogos no clube. Mas não demorou muito e o número voltou para Roger Flores, que retornou mais uma vez de empréstimo.

2005
No ano seguinte, o Fluminense perdeu Roger para o Corinthians e contratou o meia Felipe, que herdou a 10. No meio do ano, quando o clube se reforçou com Petkovic, eles “brigaram” pelo número. Felipe não cedeu, e o sérvio teve que usar a 8. Porém, após uma suspensão de seis meses aplicada pelo STJD por agressão, o ex-lateral-esquerdo deixou o clube e a camisa para o sérvio.

2006
Sem Felipe, que deixou o clube, Petkovic manteve a 10 durante todo o ano de 2006, mas não teve uma boa temporada. O sérvio também saiu depois do Brasileirão, e o atacante Rafael Moura, contratado em dezembro, recebeu a camisa com o número em sua apresentação.

2007
Rafael Moura ganhou a 10, mas não levou. Isso porque no início de 2007 Carlos Alberto foi contratado e retornou ao clube, recebendo novamente o número com o qual já havia brilhado antes. Porém, durou pouco: seis meses depois, ele foi vendido ao Werder Bremen, da Alemanha, e coube a Thiago Neves herdar a camisa no segundo semestre.

2008
Thiago Neves não só herdou, como representou o número. Em 2008, foi um dos grandes destaques da campanha até a final da Libertadores: foram sete gols do meia no torneio, quatro deles nos dois jogos da decisão contra a LDU, do Equador. Desempenho que fez o Hamburgo, da Alemanha, o contratar logo depois. Com isso a 10 foi para Conca no primeiro ano do argentino no Fluminense.

2009
No início de 2009, Thiago Neves voltou por empréstimo ao Flu e retoma a 10, enquanto Conca pegava a 11. Mas novamente não dura muito: o meia se destacou e foi comprado pelo Al Hilal, da Arábia Saudita. O argentino dessa vez preferiu permanecer com seu número, e a camisa então viveu seu período mais “turbulento”. O volante Diguinho e o lateral-direito Ruy “Cabeção”, improvisado no meio, a vestiram até o jovem atacante Maicon “Bolt” pegá-la na reta final da temporada.

2010
Maicon “Bolt” fez por merecer continuar com a 10 na virada do ano, mas em março foi vendido ao Lokomotiv, da Rússia, e novamente deixou a camisa vaga. O número então rodou com jovens como o atacante Alan e o meia Willians até a contratação de Rodriguinho, em maio. O meia assumiu a numeração, mas passou a dividi-la com Emerson “Sheik”, que chegou no segundo semestre. Quando jogava, o atacante era o 10. Inclusive foi a vestindo que fez o gol do título brasileira sobre o Guarani.

2011
Herói do título, Sheik carregou a 10 consigo para o ano seguinte, mas não demorou a também deixar o clube ao ter o contrato rescindido após cantar uma música do rival Flamengo no ônibus da delegação. No mês seguinte o Fluminense anunciou pela primeira vez que iria adotar a numeração fixa, e quem herdou a camisa foi Rafael Moura. Com ela, foi bem e fez 12 gols até o fim da temporada.

2012
Rafael Moura manteve o número em 2012, mas teve um primeiro semestre discreto e saiu para o Internacional no segundo. Com isso, Thiago Neves, que voltou ao clube no início do ano e vinha jogando com a 7, herdou mais uma vez a camisa 10 tricolor.

2013
No ano seguinte, Thiago Neves manteve o número, mas novamente só por mais seis meses. No segundo semestre, voltou para o Al Hilal, da Arábia Saudita, e a camisa pela primeira vez ficou “escanteada” e não foi usada por mais ninguém até o fim da temporada.

2014
Ela só voltou a ter um dono em 2014, quando Wagner, que antes usava a 19, aceitou a “missão” de herdar a 10. O meia usou o número durante toda aquela temporada e se destacou, marcando 13 gols.

2015
Wagner levou consigo o número para 2015, mas ficou no clube só o primeiro semestre. No segundo, se transferiu para o Tianjin Teda, da China. E a 10 passou para as mãos do astro Ronaldinho Gaúcho, contratado logo em seguida. Porém, o craque não conseguiu brilhar no Fluminense: disputou apenas nove jogos, não fez nenhum gol e saiu após pouco mais de dois meses. E novamente a camisa ficou sem um dono até o final do ano.

2016
Para 2016, o Fluminense contratou Diego Souza com a missão de herdar a 10. Porém, foi uma nova decepção: o meia-atacante fez apenas 11 jogos e quatro gols e deixou o clube após três meses. Só então a camisa 10 encontrou “abrigo” em Xerém e voltou a brilhar vestindo o jovem Gustavo Scarpa no segundo semestre daquele ano. Ao todo na temporada, o meia fez 14 gols e deu nove assistências.

2017
Scarpa manteve o número e o protagonismo em toda temporada seguinte, marcando mais sete gols e dando 14 assistências. Quando parecia que o meia iria se firmar como “dono” da 10, ele acabou deixando o clube no final daquele ano, após rescindir o contrato na Justiça, e foi para o Palmeiras.

2018
Com a saída de Scarpa, o número passou no início de 2018 para o meia equatoriano Sornoza, que antes usava o 27. Com a camisa 10, ele teve uma temporada de altos e baixos e terminou o ano com quatro gols e cinco assistências. Foi o último a usá-la antes do atual “dono”.

2019-2022
E desde 2019 o Fluminense tem um “proprietário” da 10: Ganso. Contratado sob grande expectativa, o meia herdou a camisa assim que chegou, mas viveu altos e baixos. Foi bem no primeiro ano, mas caiu de rendimento e perdeu espaço em 2020 e 2021. Até voltar a brilhar em 2022, quando teve uma temporada de grandes atuações e ainda marcou nove gols e deu nove assistências. Ele seguirá usando o número pelo Tricolor em 2023.