Os bastidores do Fluminense foram agitados neste final de semana por conta de declarações de Hudson. O ex-volante, que atuou nas Laranjeiras durante as temporadas 2020 e 2021, abriu o jogo sobre o processo que moveu contra o clube (confira as declarações clicando AQUI).
Na Justiça, Hudson pediu reconhecimento de acidente de trabalho e cobrou uma quantia de cerca de R$ 1,5 milhão – a autoridade considerou o pedido improcedente no ano passado. O ex-jogador culpa o Fluminense pelo fato de ter encerrado precocemente sua carreira. Ele alega não ter recebido oportunidades para demonstrar ao mercado que estava recuperado de lesão.
Hudson no Fluminense
Revelado pelo Santos, Hudson defendeu Santa Cruz, Ituano, Red Bull Brasil, Comercial, Oeste, Brasiliense, Botafogo-SP, São Paulo e Cruzeiro antes de chegar ao Fluminense. O volante foi anunciado como reforço no dia 10 de janeiro de 2020, sendo contratado por empréstimo de um ano junto ao São Paulo – o salário ficou dividido entre os dois clubes.
A estreia de Hudson aconteceu pouco tempo depois, no dia 19, na vitória por 1×0 diante da Cabofriense, com direito a assistência do camisa 25 para Nenê marcar o gol da vitória tricolor, pelo Campeonato Carioca.
Na temporada de 2020, o volante foi acionado 43 vezes pelos técnicos Odair Hellmann e Marcão, sendo 37 delas como titular. No período, Hudson marcou um gol, diante do Madureira, em goleada por 5×1 pelo Estadual, e contribuiu com outras duas assistências, ambas na vitória por 4×2 sobre o Goiás, em 10 de julho, pelo Brasileirão.
No ano seguinte, em 2021, Hudson acumulava apenas quatro atuações, sendo delas como titular, todas pelo Estadual, até sofrer uma grave lesão. No dia 3 de maio, logo após o empate contra a Portuguesa, pela semifinal do Carioca, o Fluminense informou que o jogador havia sofrido uma ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho direito. Devido ao problema, ele perdeu o restante da temporada.
O motivo da polêmica
O contrato de Hudson tinha duração apenas até dezembro daquele ano, mas o Fluminense renovou o vínculo por mais um mês, visando que o volante estivesse totalmente recuperado para seguir sua carreira em uma outra equipe. Entretanto, Hudson nunca mais voltou a atuar e acabou encerrando sua carreira.
Na petição ingressada na Justiça, o ex-volante pedia o reconhecimento do acidente de trabalho e o pagamento dos salários durante o período estabilitário de 12 meses, que seriam contados após o término do seu contrato, em 30 de janeiro de 2022, assim como a continuidade da relação existente e a nulidade do fim de seu último contrato.
Durante a entrevista dos últimos dias, ao Charla Podcast, Hudson afirmou que gostaria de ter recebido apenas poucas oportunidades na época para demonstrar que estava recuperado.
– Sinceramente, o Fluminense não precisava ter me dado 12 meses de contrato. Podia ter me dado 2 meses, deixado eu jogar dois jogos no Carioca, com o time alternativo, nessa volta. O mercado ia ver que eu realmente tinha recuperado, como eu acredito que eu tinha e o mercado ia se abrir de novo pra mim, porque é muito estranho o jogador tá no Fluminense, classificado para a Libertadores, o time estava bem, estava jogando, e realmente o Hudson não servir mais pra nenhum clube dos 40 da (Série) A e B. E aí eu realmente acho que o Fluminense teve um fator consideravelmente importante na minha aposentadoria precoce por causa dessa questão.