O relatório da Comissão Especial de Esportes Olímpicos e de Alto Rendimento da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) recomendará a não renovação da concessão do Maracanã à dupla Fluminense e Flamengo. O presidente da comissão, deputado Rodrigo Amorim, recebeu texto do relator, Alexandre Knoploch, na manhã desta terça-feira.
Segundo o relatório de Knoploch, a atual gestão tem “evidentes indícios de transgressão e sonegação fiscal”. Deputados chegaram a fazer vistorias no estádio antes da paralisação de atividades em virtude da pandemia do novo coronavírus. O texto deve ser votado até o fim do mês pela comissão e, se aprovado, será encaminhado ao Governo do Estado e Ministério Público.
— A recomendação é de não renovar, já que são evidentes os indícios de transgressão e sonegação fiscal, e ainda falta de investimentos na infraestrutura. Neste dia tão emblemático do aniversário deste símbolo do Rio de Janeiro e do Brasil precisamos atuar com muita responsabilidade. O Maracanã é nosso, nosso patrimônio – disse Knoploch.
Para Knoploch, o consórcio formado pela dupla Fla-Flu teve sua relevância, mas mostrou vários problemas.
— O consórcio atual teve um papel importante para a reabertura do estádio. Mas deixa a desejar e muito em vários aspectos, como as sonegações fiscais, a péssima prestação de serviços – cadeiras quebradas e estruturas – e para finalizar o preço abusivo dos ingressos criando uma casta de pessoas que têm direito a ver os jogos – falou.