Depois de eliminar o Nacional Potosí (BOL) e o Defensor (URU), o Fluminense se prepara para encarar mais uma vez a altitude na Copa Sul-Americana. Dessa vez, terá pela frente o Deportivo Cuenca (EQU), com partida de ida marcada para esta quinta-feira, às 19h30, em Quito. O clube é um dos caçulas do futebol equatoriano e chega às oitavas de um torneio intercontinental pela segunda vez em sua história, desde que foi fundado em 1971.
Para conhecer melhor o adversário do Tricolor, o portal Lance fez uma entrevista com o jornalista Andrés Munõz, da Rádio FM88 e da CNT Sports TV, para dissecar a equipe equatoriana e saber os principais pontos fortes e fracos do time, bem como o que o Fluminense terá pela frente na temida altitude de Quito. Confira na íntegra:
Como o Deportivo Quito (EQU) chega para a partida?
Não está sendo um bom ano para a equipe. Ganhou apenas dois dos seus primeiros 17 jogos da temporada e já trocou quatro vezes de treinador. Melhorou com Páez, atual treinador, mas logo voltou a cair. Ganhou apenas um dos últimos nove jogos e está na zona de rebaixamento do Campeonato Equatoriano. Apesar do rendimento não ser bom no torneio nacional, a oportunidade de disputar um torneio internacional pode motivar o elenco e gerar um rendimento inesperado.
Quais são os pontos fortes da equipe?
A equipe se caracteriza pela alta porcentagem de posse de bola . O treinador gosta do estilo de dois toques e rotação ofensiva, sem uma referencia. A equipe depende do equilíbrio de Mosquera, das genialidades ofensivas de Preciado e do desequilíbrio individual de Rojas. O goleiro Brian Heras está sendo destaque nas disputas de pênaltis nesta temporada.
E os pontos fracos?
Nas últimas partidas, tem sofrido com falta de eficiência no ataque: criou chances de gol, mas não conseguiu converter. Seu artilheiro, Jacson Pita, fez apenas dois gols nos últimos oito jogos. Cuenca também tem problemas defensivos desde a lesão de Brian Cucco e tem dificuldade para recomposição defensiva, principalmente na zona dos laterais.
Qual é a provável escalação?
Brian Heras; Bryan Carabalí, Anthony Bedoya, Luca Sosa e Carlos Cuero; Marco Mosquera, Jhon Jairo Rodríguez, Edison Preciado, Juan Diego Rojas e Emmanuel Martínez; Jacson Pita.
Os três líderes futebolísticos da equipe são Marco Mosquera, Edison Preciado e Brian Cucco. Mosquera é o capitão, tem três temporadas na equipe e é o principal volante. Preciado é um ícone do clube: jogou em 2009, na única oitavas de final de Cuenca em torneios internacionais até agora. Era atacante e hoje é um meia de criação. Cucco é o principal zagueiro, mas rompeu o ligamento cruzado do joelho há três semanas e está fora da temporada.
Como está sendo o trabalho do treinador?
Está há três meses no comando. Encontrou uma equipe em crise de resultado. Desde a sua estreia, em 29 de junho, ficou sete partidas seguidas sem perder, mas agora está a seis sem ganhar. Tem 47% de aproveitamento e os jogadores compreenderam a sua forma de jogar, pois tem estilo diferente do conhecido no futebol equatoriano.
Há consciência que, pela história e peso futebolístico, existe um claro favorito: Fluminense. E isso está junto com o Cuenca não poder mandar a partida em seu estádio. É preciso fazer uma eliminatória perfeita para avançar, fazendo uma vantagem importante na ida. A altura de Quito, o passado negativo do Fluminense no estádio da Liga e a possibilidade do Cuenca jogar pela primeira vez em seus 47 anos no Maracanã fazem parte das discussões e análises.