Inimigo declarado de Flamengo e Fluminense e seus torcedores, Rubens Lopes se pronunciou sobre a decisão da Primeira Liga de que haverá o torneio, mesmo com o veto da CBF. O intransigente presidente da Ferj entende o ato dos clubes como uma insubordinação.
– Eu acho isso uma irracionalidade. Só vai acontecer por conta de alguns irresponsáveis que querem, de verdade, instaurar a anarquia. Repito que qualquer ser coerente, lógico e responsável, não toma uma atitude dessa… O Delfim (presidente da Federação Catarinense, um dos apoiadores da Liga) é uma coisa à parte, não conta. Porque o Delfim está em campanha política, está uma série de coisas. Então, o que o Delfim fala não se escreve. O que você tem que, de verdade, descontar uma série de outros interesses, que não são interesses pelo futebol. Primeiro o Delfim quer colocar os clubes do estado dele à reboque dos clubes de marca. Porque se não fosse os clubes de marca, os clubes de Santa Catarina, evidentemente não participariam de competição nenhuma. Segundo, ele tem essas aspirações políticas, essa posição contrária. Terceiro, se jogar, eu garanto para você que vai haver punição. Agora, espero que não joguem, e tenho certeza, quase absoluta, que a sensatez irá fazer chegar a um consenso que não há nenhum motivo para isso. Se o objetivo é, você tomar atitudes, criar meios para melhoria do futebol, esse tipo de enfrentamento não é o melhor caminho – opinou Rubinho, que chamou Fla e Flu e de “milicianos”:
– O que a CBF vai fazer eu não sei. A Ferj vai cobrar da CBF que ela cumpra o estatuto dela e da Fifa, obrigatoriamente. Senão, faremos gestão junto à Fifa, apontando que a CBF está permitindo a anarquia. O que todo mundo quer? É anarquia? Alguns lutam pela legalidade, outros por atitudes de milicianos. Os milicianos estão com a razão? Depende, a CBF é que vai decidir. Se vai ficar do lado legal, ou do lado da milícia.