Em 04 de agosto de 2005, Fluminense e Vasco fizeram o único clássico entre os clubes no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Na ocasião, o Tricolor venceu por 3 a 2 de virada, com gols de Tuta, Beto e o zagueiro Milton do Ó. Nessa terça, o segundo capítulo dessa história será escrito. Em entrevista, o defensor relembrou a partida e lamentou a saída do Tricolor há 16 anos.
– Lembro quase tudo desse jogo, muitos detalhes que fizeram parte da minha história e ficaram gravados na memória, com certeza. Jogo difícil para caramba, aí no finzinho, em uma falta, eu fui para área. Era uma falta frontal, nem tinha necessidade de zagueiro ir para a área. Falta batida pelo Felipe, ele rolou para o Juninho, que dominou mal, e a bola parou na minha frente logo na entrada da área. Sem pensar eu chutei e acabou sendo um golaço. Foi um momento mágico para mim – disse ele, complementando:
– Eu estava muito cansado, fazia dois meses que eu não jogava um jogo oficial, não jogava 90 minutos. Esse gol foi muito significativo pelo momento. Queira ou não, você chegando diante de uma pressão para substituir um grande jogador, que a torcida gostava muito… Sou contratado sob uma certa desconfiança porque só o Abel me conhecia, a diretoria não me conhecia tão bem. Mas, graças a Deus, esse gol tirou um peso nas costas e deu liberdade para continuar trabalhando bem – finalizou.
Sobre a não renovação de contrato para sua permanência nas Laranjeiras na época, Milton do Ó revelou que havia o interesse do clube na época em contar com ele. No entanto, isso acabou não acontecendo e ele explicou o motivo.
– O que falaram que aconteceu… A diretoria até queria renovar. Chegou uma proposta verbal dias antes de terminar o contrato. Só que, logo depois do jogo contra o Palmeiras, o Dr. Celso (Barros) e o Abel tiveram um desentendimento. E como foi o Abel que me trouxe, por conta disso, não houve a renovação. Foi o que me falaram, não sei se é verdade. Eu estava firme ali. Queria ficar no Fluminense, queria renovar. (…) Dentro do clube foi um momento sensacional para mim e para a minha família – elogiou.