Nos últimos dois dias, números de Minas Gerais, do interior de São Paulo e outras partes do país têm entrado em contato com sócios do Fluminense. Motivo: pesquisa de intenção de votos relacionada à presidência tricolor. Curiosamente, porém, nenhum dos principais possíveis candidatos assumiu a autoria da pesquisa.
O assunto ganhou notoriedade após alguns torcedores comentarem sobre o tema nas redes sociais, em grupos de Whatsapp e Facebook. Quem faz as perguntas não tem acesso a informação de quem solicitou a mesma, segundo um dos sócios que receberam ligação do número abaixo.
Procurado para falar sobre o tema, o ex-vice de projetos especiais, Pedro Antônio Ribeiro, considerado um dos nomes fortes para concorrer ao cargo de mandatário do Flu, não poupou críticas à ação.
– Absolutamente não tenho nada a ver com isso. Primeiro porque não roubaria dados dos torcedores. Não é feito pela imprensa, isto é, não está sob sigilo de imprensa, cabe ao jurídico do Fluminense acionar essa dita empresa, que parece ser de Campinas, para que informem quem é o contratante. De posse disso, o Fluminense deve mover uma ação pelo roubo da base de dados do Fluminense. Tem certas coisas que são muito simples – disse ao NETFLU.
O site número um da torcida tricolor também entrou em contato com o ex-dirigente do Flu, Ricardo Tenório, um dos representantes do Triunvirato, composto por ele, Mário Bittencourt e Celso Barros. Assim como Pedro Antônio, ele negou qualquer participação na contratação de uma pesquisa de opinião.
– Eu soube pelas redes sociais que existe uma pesquisa acontecendo, mas, particularmente, não fui contactado e nem um de nós (do triunvirato) foi, portanto não sei exatamente o que significa e nem estou muito ligado nisso – ressaltou.
Por fim, o ex-vice de finanças, Diogo Bueno, foi questionado pelo NETFLU acerca do tema. Mais polido do que os outros, ele também garantiu que não participou da contratação da pesquisa, nem ninguém relacionado ao “Unido e Forte”.
– Não fomos nós que contratamos. Qualquer pesquisa contratada por qualquer tricolor, empresa que queira desenvolver projetos com o Fluminense ou pessoas interessadas na modernização do clube é sempre bem vinda para termos mais elementos para entender a cabeça do nosso torcedor – afirmou, respondendo em seguida se isso não se configuraria em vazamento de informações confidenciais de sócios.
– Há cadastros de outras eleições (2016) que podem estar sendo utilizados. Não faço ideia sobre o que Estatuto diz a respeito ou se a pesquisa deveria ser autorizada pelo clube. Acho que para termos uma eleição mais transparente possível o clube deveria abrir o cadastro o quanto antes, assim como a situação financeira atual, inclusive, chamando uma reunião com todas as lideranças do clube para apresentar previamente os desafios para qualquer presidente. Isso permitiria mais tempo para que os eventuais candidatos pudessem se preparar para o dia “pós eleição” em caso de vitória – concluiu.