Nobres tricolores,
na manhã desta quarta-feira, nosso repórter especial, Paulo Brito, apurou que alguns jogadores do Fluminense ridicularizaram o valor da “vaquinha”, proposta pelo presidente Pedro Abad. Entre os participantes do racha, ironicamente, o ex-mandatário Peter Siemsen, um dos causadores da tragédia. Segundo pesquisou o jornalista do NETFLU, cerca de R$ 1.500 foram distribuídos igualmente.
A assessoria do Flu se apressou em enviar uma nota à imprensa desmentindo a matéria, afirmando que não houve descontentamento dos atletas ou manifestação contrária a essa iniciativa. Seria uma grande surpresa se os jogadores, com dois meses sem receber salário e cinco meses de imagem, que representa a maior parcela de seus vencimentos, criticassem publicamente a iniciativa. Mas como se não bastasse a nota, estrategicamente, colocaram Jadson para falar na coletiva logo após o treino.
É óbvio que os repórteres presentes no CT perguntariam sobre a tal vaquinha e Jadson, um dos líderes e dos jogadores que melhor argumentam no elenco, reforçou a nota oficial do Fluminense. Mais do que isso, disse o seguinte: “pessoas que falam que torcem pelo sucesso do Fluminense, que falam amam o clube e que querem ajudar, fazendo esse tipo de coisa não ajuda em nada ao clube, esse tipo de picuinha, esse tipo de disse-me-disse falar que jogador reclama, que está insatisfeito, que não quer jogar. Não é assim que resolvemos nossos problemas”. Parece um Flusócio: “Se não apoia, não serve”.
Jadson, muito possivelmente, foi, previamente, orientado a falar o que falou. Deve ter passado por um media training minucioso. Compreensível e fácil de ser explicado. Atletas como ele, Júlio César, Gum não têm mais mercado. O Fluminense salvou suas carreiras e é preciso ter um discurso alinhado ao da diretoria para que consigam uma renovação contratual. Mesmo sem receber, muito mais interessante do que, num futuro próximo, parar num Coritiba, São Bento ou CRB, especialmente o goleiro e o zagueiro, já que o volante ainda tem mais um ano de contrato.
Muito cômodo atacar quem tem como objetivo informar aos torcedores e comprar o barulho da diretoria tendo vencimentos acima de seis dígitos. Sofrem com a falta dele, mas muito menos do que os mais jovens, já que estes não possuem direito de imagem e dependem do salário.
Se os 6 mil guerreiros foram inábeis logo após o empate com o Ceará ao gritar “Time sem vergonha”, os atletas deveriam entender que se existe descontentamento legítimo com a falta de palavra e pagamento, há também ira por parte dos torcedores que há algumas temporadas veem seu clube do coração sucateado, além de ter lido e ouvido mentiras nesses anos todos.
Já que pegam o microfone e decidem como o torcedor deve agir e de que maneira precisamos expor nossa “tricoloridade”, sejam machos e assumam publicamente quem é o responsável pelo caos que atormenta todos nós ao invés de defenderem os causadores do descalabro financeiro.
Mais do que isso, confiem na torcida. Nesse momento é a única que pode ajudar vocês, jogadores limitados e que não têm culpa nenhuma disso, a buscar uma classificação improvável no dia 28 e, assim, fazer entrar algo na conta, realmente, importante e não uma merreca que deve pagar, com boa vontade, o condomínio de luxo na Barra onde vocês moram.
E se os “homens de palavra” continuarem sem cumprir as promessas, Justiça. O Fluminense sofrerá, é claro, e nós, por tabela, também. Mas muito mais digno do que vir a público e de forma descarada criticar quem expõe o que alguns de vocês, jogadores, realmente pensam.
Quanto a nós, tricolores, seguimos, pelo quarto ano consecutivo, dependendo de resultados de jogadores horrendos. Enquanto isso, essa gestão e a anterior, que é a mesma, defendida por alguns dos nossos “guerreiros”, reduzem a folha salarial de R$ 7 milhões/mês para R$ 3 milhões, recebem mais de R$ 100 milhões com venda de jogadores nos últimos três anos e ainda assim não conseguem pagar a esse aglomerado disforme de time que nos deram pra torcer.
– Uma triste realidade: Sem Pedro, Júlio César é o melhor jogador do Flu em 2018.
– Guerra eu vejo em outro lugar. Dia 28 eu quero futebol.
– Sugestão de mosaico do Gustavo Albuquerque “Flupress”: “Abad, não, Vocês, sim”.
– Sem vergonha os jogadores não são. Antes fossem, mas que jogassem bola.
– Vergonha se adquire.
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Um grande abraço e saudações!