O clássico entre Flamengo e Vasco foi realizado, mas o debate sobre segurança nos estádios continua no Rio de Janeiro. Rodrigo Terra, promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro, escreveu acerca do tema nas redes sociais e criticou a postura dos clubes cariocas no assunto. Segundo ele, nenhum deles aceitou assumir responsabilidade pela segurança do torcedor durante a reunião realizada na última semana, com presença da Polícia Militar.
– O que me surpreendeu de verdade foi a linha de defesa dos organizadores dos campeonatos, que recusam peremptoriamente a responsabilidade pela segurança do torcedor antes, durante e depois das partidas respectivas. (…) Alguns dos fornecedores do serviço, durante essa reunião, chegaram a declarar em alto e bom som que a PM é a quem incumbe cuidar da segurança pública, fato para eles suficiente para lhes excluir qualquer responsabilidade – escreveu o promotor.
A decisão pela realização do clássico em Volta Redonda acontece após a audiência dos clubes e da PM com o juiz Guilherme Schilling, responsável pela liminar que determinou torcida única em jogos no Rio. Na ocasião, decidiu-se pela suspensão da medida.
O clássico teve público pequeno, de 6.979 pessoas presentes, e decorreu sem maiores incidentes. Ainda assim cinco torcedores foram detidos. Houve também tentativa de emboscada a flamenguistas por parte de uma torcida organizada vascaína, a cerca de três quilômetros do estádio Raulino de Oliveira, palco do jogo.