Promotor do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Roberto Senise, responsável por comandar a apuração do caso Héverton, aponta o ex-presidente Manuel da Lupa e outros dirigentes da Portuguesa como possíveis responsáveis pelo ocorrido. No entanto, não faz uma acusação formal. Ele é moderado e não confirma um pagamento aos nomes citados para errarem de maneira proposital.
– Essa é uma das linhas de investigação, não há como afirmar que houve recebimento de dinheiro. Há muitos boatos, até depoimentos que supõem valores, nada demonstrado. Os valores dos boatos variam de R$ 4 milhões a R$ 25 milhões. Não há prova nesse sentido – afirmou.
Roberto Senise também afirma que a Portuguesa, como instituição, foi vítima da possível ação de pessoas inescrupulosas.
– Ao contrário do que foi veiculado, a Portuguesa não vendeu a vaga. Ela foi vítima de uma possível venda de vaga, mas não há informação categórica nesse sentido. Se houve (venda), ela teria ocorrido por conta dos dirigentes, que executam os atos da Portuguesa. Há uma possibilidade, indícios, de que um ou mais dirigentes tenham facilitado a venda da vaga. Estou aguardando informações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) justamente para identificar se conseguimos buscar eventuais contas beneficiadas nesse processo todo – disse.