Enquanto o Fluminense investe na Eslováquia, seu primo pobre, no Porto Rico, sobrevive após a extinção da liga profissional de futebol no país. O Guaynabo Fluminense Fútbol club luta como pode para seguir com suas atividades.
O campeonato profissional de futebol no Porto Rico foi extinto devido a problemas econômicos e, com isso, o homônimo do Tricolor participa da liga amadora que qualificará um time panamenho à Liga do Caribe, feito nunca atingido pelo time da “Capital dos Esportes” do POrto Rico.
Sem um estádio do porte do Maracanã, o clube manda suas partidas no Estádio José “Pepito” Bonano, também palco de partidas de beisebol, esporte mais popular do país da América Central. A estrutura modesta pode ser refletida em números.
Para se manter durante a época de profissionalismo, o Guaynabo gastava cerca de R$ 200 mil dólares por ano (R$ 650,8 mil). De acordo com o site “Transfermarkt”, o valor de mercado estimado apenas do atacante Peu, reserva de Henrique Dourado e pouco utilizado no Fluminense, é de cerca de R$ 944 mil.
– O clube foi fundado em 2004. Como tenho contato no Rio com algumas pessoas do Flu, conversei com alguns empresários em Porto Rico e resolvemos fundar o Fluminense. Fui até o Rio com eles e fizemos uma parceria para montar escolinha e fazer uma equipe para jogar em nível profissional aqui no país.
O xará menos famoso recebeu uma “chancela” do Flu carioca, mas os laços não são dos mais estreitos atualmente. Quando o técnico paraense esteve no comando do time, os intercâmbios eram anuais e muitos chegaram a treinar por um tempo em Xerém. Com sua saída, o vínculo que une os tricolores fica apenas no nome e no uniforme de jogo, uma cópia fiel da camisa usada por Henrique Dourado, Gustavo Scarpa e companhia.
Na época profissional, o Fluminense panamenho não fazia feio, sempre ficando entre os quatro primeiros dos 12 que disputavam a taça. Mas a falta de grana sempre foi um problema que impedia o clube de conseguir a vaga para a disputa das competições continentais.