O palco e a realização do Fla-Flu com a divisão de ingressos foram assuntos que geraram muita polêmica nos últimos dias. Peter Siemsen explicou, nesta terça-feira, por que o clássico acabou sendo levado para Volta Redonda. O presidente do Fluminense admitiu que tentou de tudo para não realizar a partida no Raulino de Oliveira, mas as tentativas acabaram sendo frustradas.
– Foi uma construção. Nosso objetivo era Edson Passos. Eu me reuni com o comandante da Polícia Militar, do Gepe. Tentamos construir a situação. Tentamos com a secretaria de Segurança. A ideia era jogar na nossa casa e tentamos até o último minuto. Mas a questão de não ter duas saídas para duas ruas diferentes, acabou que as autoridades impediram. Pensamos em Manaus, onde temos torcida grande. A torcida compareceu em peso contra o Vasco lá no Estadual. Surgiu com a Federação do Rio a possibilidade do Engenhão. Mas com licenças e tudo o mais também não deu. Aí veio a Ilha. Chegamos a um acordo com o Botafogo e passamos a CBF. Aí só o Botafogo pode explicar porque no dia seguinte colocaram que não poderia abrigar a partida. Lamento essa atitude de coirmão. Não acho legal, mas bola para a frente. Aí a ideia era levar para Manaus o jogo, mas estava muito perto e a CBF entrendeu por bem que não deveria tirar do Rio. A CBF indicou então Volta Redonda. Acatamos. Vamos jogar lá com todo o afinco e vontade. Queremos muito que o torcedor compareça. Apesar do estádio menor, será uma grande festa. Não era nossa vontade. Tentamos em último momento com a CBF levar para 26 no Maracanã. Foi negado, mas entendo – disse, antes de justificar também a divisão igualitária por ingressos, negando também o tal acordo de cavalheiros alardeado pelo rival:
– Teve uma discussão interna, pois não era um estádio que estávamos preparados para jogar. Com relação ao Flamengo, temos um contrato de divisão de cota e renda, nada de torcida. Isso não influencia em nada a nossa posição. O Maracanã é o grande palco do Fla-Flu e espero que voltemos a ter logo lá.