Flávio Zveiter explica que Deco pode levar uma suspensão de dois anos, mas também tem chance de escapar

Pego no exame antidoping por uso da substância proibida furosemida (um diurético) em jogo do Campeonato Carioca contra o Boavista, Deco, agora, terá um longo caminho pela frente. A princípio, o apoiador do Fluminense será suspenso preventivamente por 30 dias, mas isso será apenas o começo. O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Flávio Zveiter, explicou a situação do jogador.

– O doping foi constatado no Campeonato Estadual, então tem início junto ao Tribunal ligado à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). Constatada na contraprova que houve o uso de alguma substância proibida, o presidente do tribunal, o doutor José Fernandes, vai ter de analisar e suspender este atleta preventivamente por até 30 dias, como prevê a lei. Após a suspensão, o jogador vai ter a oportunidade de se defender. O processo vai tramitar perante uma destas comissões do tribunal, cabendo um recurso para o Pleno do TJD, e, eventualmente, um recurso para o Pleno do STJD – disse.

 
 
 

Em caso de suspensão, Deco corre o risco de ficar fora dos campos por dois anos ou até mais, de acordo com determinação da Fifa. Sveiter conta como funciona a punição.

– Existe uma determinação da Fifa, na qual no casos de doping, tem de ser aplicado o código da Fifa, que é internacional. Ele prevê para o uso de substâncias ilícitas, uma pena mínima de dois anos. Existe a possibilidade desta pena ser reduzida ou não ter nenhum tipo de punição. Isto tudo vai depender das provas que vão ser apresentadas no processo. No caso do Deco eu não sei qual foi a substância que ele utilizou, mas vai ter todas as oportunidades de tentar comprovar que isso entrou no organismo dele por conta de alguma manipulação equivocada, ou outro motivos que não sejam de responsabilidade dele – comentou.