(Imagem: Reprodução/FluTV)

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira. Em uma das questões debatidas no local, o mandatário do clube das Laranjeiras voltou a realizar críticas contra os gramados sintéticos.

– A minha posição é sempre contra o gramado sintético por uma questão de motivos. É necessário em algumas situações. Num centro de treinamento em que os campos estejam em recuperação, mas sem colocar em risco a integridade dos jogadores. Tem estudos pros dois lados. Eu defendo pelo princípio do jogo. Futebol sempre foi jogado em grama natural e o gramado sintético muda o jogo. O jogador fica mais lento, a bola prende mais e o quique é diferente, mas rápido. A Fifa aprovou, mas não necessariamente é bom. Você joga 80% no campo natural. Já ouvi de jogador aqui que virou o pé pra bater num lado e a chuteira prendeu a bola e pegou no outro. Os times que não têm campo sintético, muitas vezes poupam. Assim, o time que tem campo sintético, muitas vezes pegam outros que estão poupando. Poupamos contra o Palmeiras na véspera da Libertadores. O Flamengo fez o mesmo no ano retrasado. Nós usamos o time principal no Santos e no Grêmio – disse ele, que prosseguiu:

 
 
 

– Muitos falam do custo. Amigo, se tem um clube e não tem condição de manter a grama, então vira uma casa de show. Isso afeta desportivamente o campeonato e o próprio clube. Tem time que mudou o campo pra jogar com o Grêmio e perdeu. E o Renato falou que se fosse no sintético não teria o Suárez em campo. O Messi assina um contrato nos Estados Unidos exigindo que ele não jogue no sintético. Por que o campo do Beira-Rio é bom? Só joga o Inter. Por que o do Corinthians é bom? Só joga o Corinthians. Quais tem mais dificuldade? Castelão, porque jogam Fortaleza e Ceará. Maracanã, jogam Fluminense e Flamengo. Aqui o argumento é puramente financeiro. Aí tem de perguntar pra quem tem sintético se vale a pena fazer cinco shows ou perder. Na liga inglesa é proibido, a holandesa proibiu. A Fifa não faz Copa em campo sintético. Se é tão mais barato e não é ruim, por que não joga o mundo inteiro na sintética? Os jogadores não gostam de jogar. Essa não é só uma posição do Fluminense. Mas eu garanto que a maioria dos clubes da Série A são contra. Quando saiu a reportagem lá da gosma no jogo do Palmeiras, recebi mensagens de oito presidentes. Mas isso é coisa para arbitral. E não podemos ser injustos. Se for proibido, os clubes que têm precisam ter tempo para mudar o campo – finalizou.