Na briga entre Federação e os clubes, houve uma clara divisão no Rio de Janeiro. De um lado, Flamengo e Fluminense lutam pelo fim da ditadura na Ferj, enquanto do outro, Vasco, de Eurico Miranda, e Botafogo, apoiam a entidade. O presidente tricolor, Peter Siemsen, se surpreender com a postura da diretoria alvinegra, da qual critica.
– A Ferj não quer que se modifique o status quo, e o Fluminense quer mudar. O Botafogo está totalmente alinhado com a federação, não sei o que eles querem com isso. Talvez uma conta bancária mais alta. Nós cansamos, não concordamos. O intervencionismo na Ferj chegou às raias do absurdo, da ditadura. Quem está acertado com isso deve ter as suas razões para tal. A Federação de São Paulo funciona normalmente, mas a do Rio de Janeiro é um ser completamente estranho – declarou Peter.
A fixação dos custos operacionais para que os clubes passem a jogar no Maracanã, decisão que foi ignorada pela dupla Fla-Flu e pelo consórcio que administra o estádio, teve a anuência do Botafogo. O mandatário tricolor explica o motivo:
– Para o Botafogo, hoje parece conveniente apoiar essa medida. Mas isso pode se voltar para o Engenhão também. A não ser que eles saibam que serão amigos da Ferj para sempre. Hoje atinge o Fluminense, mas amanhã poderá atingir outro filiado. Nós não aceitamos intervencionismo em nenhum sentido e vamos fazer valer nossos direitos.