A reunião do Conselho Deliberativo do Fluminense, na noite desta quinta-feira, às 20h, no nas Laranjeiras, irá analisar o pedido de impeachment do presidente Pedro Abad. Hipótese comentada nos bastidores durante a semana, o mandatário do conselho, Fernando César Leite, estuda a redução do quórum para abrir a votação.
– Estou estudando o assunto. Só irei me decidir mais tarde – disse ao Jornal O Globo.
Conforme consta no estatuto do clube, pelo menos 150 conselheiros devem estar presentes para a abertura da votação. Há duas interpretações dessa regra. A primeira é de que este número não é discutível por estar registrado no documento. A outra diz que o quórum é proporcional.
Nesta segunda interpretação, o texto estabelece 150 por se basear no Conselho com 300 integrantes. Ou seja: 50%. Atualmente, ao todo, há 218 integrantes. É possível que o presidente do conselho determine um quórum de 120. Sendo assim, o número de votos necessários para aprovar o impeachment seria menor, já que o estatuto exige dois terços dos presentes.
Mesmo que escape do impedimento, Pedro Abad segue bastante pressionado internamente e estaria inclinado a renunciar. Porém, neste caso, com a ausência do vice Cacá Cardoso, que renunciou ao cargo no início deste ano, quem assumiria o clube seria Fernando Leite, presidente do Conselho. Esta ideia não agrada ao mandatário e, por isso, ele estuda antecipar as eleições, inicialmente previstas para novembro. Leite não concorda com a ideia.
– Como presidente do Conselho, tenho que ler. Mas não necessariamente irei avaliar esta ideia. A tendência é que eu seja contra. Não sei se é correto alterar o estatuto dessa maneira – explicou.