Em reunião com a CBF na tarde de terça-feira, representantes de 19 clubes da Série A (exceto o Sport, que está sem presidente, mas irá aderir) manifestaram a intenção de criar uma liga para a organização dos Campeonatos Brasileiros da Primeira e Segunda divisões. Mandatário do Bahia, Guilherme Bellintani, afirmou que o processo não tem mais volta.
— A decisão de formação da liga é irreversível. Foi uma decisão unânime. A partir da formação da liga, a CBF continua com papel fundamental na organização de todas as competições, exceto o Campeonato Brasileiro, e, mesmo no Brasileiro, pode nos ajudar e, se assim quiser, estar disponível em vários elementos dessa organização. A gente quer ter autonomia para organizar a competição, mas não precisa virar as costas para a CBF de uma hora para outra, já que nosso movimento não é contrário à CBF, é a favor de uma nova forma de organizar o Campeonato Brasileiro – falou, prosseguindo:
— Na carta que apresentamos hoje (terça) à CBF, os pleitos iniciais são de maior participação dos clubes nas decisões políticas da CBF, processos eleitorais, questões de gestão, como, por exemplo, a redução dos filtros para registrar candidatos à eleição e o fim dos votos com pesos diferenciados, retornando ao modelo anterior, dos votos individualizados —ou seja, votos de federações e clubes com o mesmo peso. Mas é óbvio que a proposta informada à CBF de que os clubes criarão, imediatamente, uma liga para gerir o Brasileiro, significa um deslocamento dessa competição para uma instituição gerida e controlada pelos clubes de Série A e B do futebol brasileiro. Na prática, uma das competições que são hoje geridas pela CBF passará a ser gerida por uma liga.
Por enquanto a liga ainda não tem um nome oficial, mas haverá reuniões nos próximos dias para se acertar ponteiros e quais serão os papéis de cada clube e presidentes envolvidos.