No Rio de Janeiro, entre os grandes clubes, só o Flamengo vive uma situação financeira confortável. Fluminense, Vasco e Botafogo passam por dificuldades. Presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes vê culpa também no novo formato de divisão de cotas de televisão
Agora, do total do dinheiro da Globo, 40% é dividido igualmente, 30% por colocação e 30% por exibição. A Turner (dona do Esporte Interativo) distribui 50% igualmente, 25% por posição e 25% por audiência. A maioria dos recursos entra no segundo semestre, o que reduz verbas na primeira metade do ano.
– É uma situação cômoda transferir a culpa só para os clubes. Tem mais dez clubes da Série A com problemas. Esse critério de divisão de receitas de televisão foi um grande equívoco. Imaginava-se que todos partiriam da mesma situação quando não eram iguais. Isso reduziu o fluxo de caixa dos clubes – disse.
Na visão do dirigente, clubes, federações e CBF devem se reunir urgentemente em busca de soluções para acabar com a asfixia financeira das agremiações.
– O caso é muito grave e se medidas emergenciais não forem adotadas o risco de colapso é eminente porque a asfixia financeira já atingiu limites insuportáveis e o Campeonato Brasileiro da Série A pode não acabar – analisou.