Em Bangkok, na Tailândia, onde participa de Congresso da Fifa, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, falou pela primeira vez a respeito da possibilidade de paralisar o Campeonato Brasileiro. Por conta da situação caótica e trágica no Rio Grande do Sul com as fortes chuvas, apenas os jogos de times gaúchos têm sido adiados. Na última segunda-feira, a Liga Forte União (LFU), da qual faz parte o Fluminense, emitiu comunicado defendendo uma interrupção geral. O mandatário da entidade nacional promete respeitar a decisão dos clubes, mas alerta para as dificuldades que aparecerão caso tal medida seja tomada.
– Temos um calendário difícil, e a paralisação pode tornar tudo ainda mais difícil. Primeiro, reitero sempre a nossa solidariedade a todo o povo do Rio Grande do Sul, por tudo o que está passando. Sobre o pedido de paralisação, é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos. Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário (aos clubes) porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes – disse ao site ge, prosseguindo:
— Quando a gente constrói uma competição, a gente reúne o Conselho Técnico e ali se decide início, término, quem ascende e quem rebaixa. A CBF tem a prerrogativa de fazer o adiamento (de jogos). Porém, uma paralisação atinge por completo toda a cadeia produtiva do futebol. E aí é interessante que a CBF não tenha uma decisão monocrática, mas sim democrática. Nós sempre temos feito assim.