Assim como Paulo Angioni, Cadu Antunes foi mais um a sair em defesa do projeto sub-23, que completou três anos nesta temporada. Técnico dos aspirantes do Fluminense, o ex-volante citou o caso de Alexandre Jesus, constantemente utilizado por Fernando Diniz no time principal. Mas o comandante vai além. Vê praticamente todos os seus titulares prontos para ajudar o treinador da equipe profissional em caso de necessidade.
– O Alexandre Jesus é uma realidade desde que o Diniz chegou. Mas nunca você pode cravar que o garoto está pronto, você prepara o máximo possível. O que vai dar a casca, a experiência, é ele jogar. Muitos foram no banco pelo menos no Brasileirão: Cipriano, Davi, Alexsander… O Marcos Pedro é um que performou tanto e está renovando o contrato. Cara, praticamente todos os nossos titulares, se o Diniz precisar hoje, ele pode contar. Quanto mais conseguir colocar atletas no profissional, melhor. Muitas vezes não consegue porque o nível do trabalho em cima é muito bem feito, quase não tem contusão. Mas a gente consegue abastecer, por semana sobem seis, sete para os treinos, e o Diniz está sempre atento – ponderou em entrevista ao ge o técnico Cadu Antunes, que defendeu a categoria:
– Eu imagino uma fábrica de fazer atletas. É como se fosse uma grande linha de produção automotiva, vamos supor, que começa lá no sub-10 com os talentos sendo produzidos, e eles vão se desenvolvendo ao longo das categorias. O sub-23 na minha visão é o último processo nessa linha de montagem, como se fossem aqueles ajustes finais do carro. Ver se o freio está funcionando direitinho, se o motor está precisando de mais potência… A gente vai fazendo os ajustes para entregar o mais próximo possível da exigência que é o profissional. Alguns do sub-20, que estão física e mentalmente mais preparados, conseguem pular direto, atender os anseios do elenco principal. Mas a grande maioria tem passado no sub-23. É um projeto que tem funcionado bem.