Fluminense pode ficar com até 5% do valor de uma eventual venda de Gerson por ser clube formador (Foto: Nelson Perez - FFC)

Jogador que pode reforçar o Flamengo, Gerson é pivô de uma ação milionária movida contra o Fluminense. Isso porque a empresa MPI S.à r.l, sediada em Luxemburgo, cobra o repasse de R$ 9.553.338,60 milhões do clube referentes à sua venda para a Roma, ainda em 2015.

A ação foi movida em 2018 e o valor original era de R$ R$ 4.981.713,36. Porém, a empresa alega descumprimento de pagamento e o montante atual foi atingido. No dia 11 de junho, a juíza Flavia Justus considerou a conta da MPI pertinente e deu ao clube um prazo de 15 dias úteis para o pagamento e pede que “intime-se o credor para que indique bens passíveis de penhora”. A data passa a contar a partir do dia 18, quando a publicação foi oficializada.

 
 
 

Na ação original, de fevereiro de 2018, o advogado da empresa diz que a mesma repassou seus 10% de direitos do jogador a outro investidor. O Fluminense deveria devolver o dinheiro recebido pela Roma em quatro parcelas aos luxemburgueses. Seriam duas em real e duas em euro. Houve uma tentativa de acordo em setembro do ano passado, mas as conversas não evoluíram. Por isso, em fevereiro de 2019, a empresa pediu à Justiça a sequência do processo.

Quando Gerson foi vendido, ainda na gestão Peter Siemsen, o Fluminense tinha 70% de seus direitos. A MPI era dona de 10%. A Trafic detinha 7,5%. O negócio foi fechado em 16 milhões de euros (R$ 60 milhões à época). A Roma repassou conforme combinado em contrato, mas o clube das Laranjeiras, para antecipar sua parte, fez um empréstimo na XXIII Capital, instituição financeira da Inglaterra. O Tricolor usou parte do dinheiro para comprar o zagueiro Henrique junto ao Napoli, da Itália.