Treinador de Danielzinho no futsal tricolor, Beto Araújo, hoje no Vasco, revela que havia desconfiança quanto ao futuro do jovem. Franzino desde a infância, o jogador do Fluminense despertava a curiosidade no clube se, realmente, conseguiria se profissionalizar.
– Daniel sempre foi muito magrinho, mas extremamente inteligente. No futsal, você podia colocar ele até na defesa que ele jogava muito bem. Sabia dividir, colocar o pé um pouco mais acima para ganhar a dividida. Estava sempre tirando um coelho da cartola. Claro que sempre surgiam aqueles comentários ”será que vai chegar”, ”ele é muito pequeno”… Mas o Danielzinho é guerreiro. Se tivesse um pouco mais de força, poderia jogar até de volante, porque é muito brigado. Não é aquele 10 que fica esperando a bola chegar. Não é muito de fazer gol, é o cara do drible desconcertante – frisou Beto.
O irmão, Felipe, também baixinho – 1,68m – acredita que a estatura pode ter tido influência no desenvolvimento da carreira de Daniel.
– Acho que ele teria chegado antes do profissional se fosse um pouco mais alto. Sempre havia o receio de que não iria chegar, de que não iria conseguir jogar a cada nova categoria… Em algumas ele até começava como reserva, mas no meio do ano virava titular e não saia mais. Não tinha o direito de perder nenhuma dividida. Isso até ajudou no estilo de jogo de tocar rápido, se movimentar melhor. Na verdade, ele parece mais baixo do que realmente é por ser magrinho. Muita gente se surpreende quando o conhece – resumiu o irmão.