Em busca da profissionalização do futebol brasileiro, a Câmara dos Deputados deve votar nas próximas semanas o projeto de lei que transformará os clubes no Brasil, até então sem fins lucrativos, para empresas – o popular “clube-empresa”. Apesar de não ser obrigatória a adesão ao novo formato de administração, o tema vem repercutindo com polêmicas no cenário nacional.
Diante deste contexto, o portal Lancenet conversou com o deputado federal Pedro Paulo (DEM/RJ), que aprofundou as explicações e detalhou o andamento das discussões, e tiramos agora as principais dúvidas sobre o tema nesta reportagem especial. Ele destacou na entrevista as vantagens de quem aderir ao novo projeto.
– Importante frisar que não é obrigatório. Não estamos fazendo de forma obrigatória, mas estamos dando incentivos para que os clubes façam esta migração. O primeiro incentivo é uma chance de refinanciamento das dívidas públicas, a dívida fiscal, é uma modelagem que estamos construindo para este novo refinanciamento de dívidas. Aí você vai me dizer: “é um novo Refis?”. Não, não é um novo Refis. Refis fizeram, os cinco anteriores, aumentando o passivo fiscal dos clubes. Agora estamos fazendo para o universo das empresas. E aí tem uma diferença importante, que é a questão patrimonial. Quando você faz um refinanciamento para uma empresa e ela não paga, o executivo responde com patrimônio, o acionista da empresa responde com patrimônio. Também temos a ideia de oferecer o mecanismo ao clube-empresa para que possa cobrar o betting rights destas empresas de apostas – comentou o deputado.