O Fluminense, através de seu vice de futebol, já declarou que o elenco está fechado. Não rechaça, porém, uma grande oportunidade no mercado. Caso o clube ainda queira se reforçar, existem 12 possibilidades de renome nacional que estão livres, bastando apenas um acerto salarial, conforme divulgou o site Globoesporte.com. Um deles é o ex-tricolor Diguinho. Confira os outros 11:
O currículo de Borges pesa – tamanha a quantidade de títulos. E ele está no mercado. Pouco utilizado pelo Cruzeiro na campanha do bicampeonato brasileiro, o jogador deixou a Toca da Raposa no começo de dezembro e ainda não definiu destino. Em 2014, ele participou de 19 dos 75 jogos do time celeste. Em toda sua passagem por Belo Horizonte, marcou 28 gols em 75 partidas. Conviveu com muitas lesões. Tem 34 anos. Defendeu clubes como São Paulo (bicampeão brasileiro, 2007 e 2008), Grêmio (campeão gaúcho, 2010), Santos (campeão paulista, 2012) e Cruzeiro (bicampeão brasileiro, 2013 e 2014, e campeão mineiro, 2013).
Dos últimos 14 Brasileirões, Dagoberto ganhou cinco: por Atlético-PR (2001), São Paulo (2007 e 2008) e Cruzeiro (2013 e 2014). É o jogador em atividade com mais conquistas do principal campeonato do país. Mesmo assim, está encostado. A Raposa não tem interesse em manter o atacante de 31 anos. Ele treina separado do restante do elenco. E não gosta nada disso.
O clube que quiser contar com ele por empréstimo provavelmente terá que pagar todo seu salário. O Cruzeiro não está disposto a bancar parte dos vencimentos.
Multicampeão, bom de vestiário e, mesmo assim, afastado. O volante Edinho não alcançou no Grêmio o mesmo sucesso que teve no Inter, onde conquistou os títulos da Libertadores (2006), do Mundial (2006), da Recopa (2007) e da Sul-Americana (2008) – na última, como capitão da equipe. Também foi campeão brasileiro pelo Fluminense em 2012. É um jogador tipicamente de marcação – do tipo que rouba a bola e dá passe curto para se livrar logo dela. No Grêmio, pouco jogou no ano passado e agora sequer treina com o elenco que vai encarar a temporada. Viveu um episódio mal explicado – uma foto com uniforme do clube, bebendo cerveja, enviada a ex-colegas de Inter. Tem 32 anos. A diretoria tricolor quer negociá-lo para diminuir a folha salarial.
A troca de diretoria, o rebaixamento do Bahia à Série B e o fim do contrato impulsionaram a saída de Fahel do clube tricolor. O volante, aos 33 anos, é mais um que está no mercado. Foram quatro anos no time baiano, onde se tornou um dos principais líderes do elenco – depois de exercer papel semelhante no Botafogo. Também teve longa experiência em Portugal, onde atuou por outras quatro temporadas.
Sem jogar desde julho e demitido pelo Flamengo em janeiro, o goleiro Felipe é alternativa para quem busca um camisa 1. Tem 30 anos e experiência de sobra – antes do Rubro-Negro, jogou pelo Corinthians, onde foi do inferno (rebaixamento à Série B) ao céu (com a conquista da Copa do Brasil). Na Gávea, foi titular por quatro temporadas, ocupando o espaço deixado depois da prisão de Bruno. Apesar de não ter mais vínculo com o clube carioca, ainda negocia um acordo por causa de uma dívida de cerca de R$ 5 milhões.
Campeão da Libertadores em 2013, presente na Copa do Mundo em 2014, jogador dispensável em 2015. A situação de Jô mudou nos últimos anos. De destaque no principal título do Atlético-MG, o atacante passou a ser problema. Afastado por indisciplina no ano passado (junto com Emerson Conceição e André, acusados de levarem mulheres à concentração atleticana em Curitiba), o centroavante acabou reintegrado, mas a diretoria alvinegra segue interessada em negociá-lo, mesmo depois de vender Diego Tardelli.
Jô tem o salário mais alto do elenco e contrato válido até 2018. O Galo calcula que possa economizar cerca de R$ 9 milhões se vendê-lo. Seu empresário, Joseph Lee, já foi autorizado a buscar uma equipe na China para ele. Mas se algum clube brasileiro se interessar em abrir os cofres, poderá ter um dos melhores centroavantes do país – mas que vem colecionando mais problemas do que gols ultimamente.
A passagem de Jorge Henrique pelo Inter foi decepcionante – a ponto de o clube não querer mais saber dele e de a torcida não sentir um pingo de saudade. O rendimento do meia-atacante não fez sombra à imagem deixada por ele no Corinthians. Na conquista do título mundial, em 2012, o atleta foi absolutamente fundamental no esquema montado por Tite para desbancar o Chelsea. Antes, também tivera bons momentos no Botafogo. Aos 32 anos, ele argumentou lesão muscular, não participou da pré-temporada do Colorado e irritou a diretoria por ser visto em um baile funk durante o tratamento. Está à disposição de clubes interessados. O Vasco surgiu como possível destino.
Do quarteto afastado pelo Botafogo durante o Campeonato Brasileiro, sob argumento de divergências com a diretoria, o lateral-esquerdo Julio Cesar é o único sem clube – Emerson Sheik retornou para o Corinthians, que também contratou o lateral-direito Edílson, e Bolívar acertou com o Novo Hamburgo. Aos 32 anos, o experiente atleta, com passagens também por Flamengo, Fluminense, Cruzeiro e Grêmio, está no mercado. Pesa contra ele o histórico de muita rotatividade nos clubes que defende – mas, por tratar-se de uma posição de poucas opções, pode ser uma alternativa.
Kleber Gladiador foi um dos principais atacantes do futebol brasileiro nos últimos anos e agora vive uma encruzilhada: pertence ao Grêmio, que pretende negociá-lo, mas enfrenta dificuldades para encontrar alguém que pague por ele (o salário seria superior a R$ 600 mil). Na última temporada, o atleta esteve no Vasco e ajudou o clube a retornar para a Série A, mas ficou longe de ter desempenho empolgante. Viveu bons momentos no começo da carreira, no São Paulo, e depois em Palmeiras e Cruzeiro. Também passou pelo Dínamo de Kiev, da Ucrânia. Jogador de personalidade forte, envolveu-se em polêmicas fora de campo (com fortes críticas a Luiz Felipe Scolari, não por acaso o responsável por mantê-lo afastado agora no Grêmio) e protagonizou repetidos momentos de destempero dentro das quatro linhas. Tem 31 anos.
Há pouco mais de dois anos, Marcos Assunção foi eleito o melhor jogador da Copa do Brasil, conquistada pelo Palmeiras. E agora está sem clube. A última equipe do volante de 38 anos foi a Portuguesa, com quem rescindiu contrato em setembro, três meses depois de chegar ao clube. Estava na reserva. Especialista em cobranças de faltas, o volante defendeu alguns dos principais clubes do Brasil (Santos, Flamengo, Palmeiras), teve passagem produtiva pela Europa (Roma e Betis) e defendeu a Seleção. No mês passado, ofereceu-se para jogar no Joinville, cujo superintendente de esportes é César Sampaio, seu amigo pessoal. O clube não demonstrou interesse.
O artilheiro dos pontos corridos quer mais uma temporada na carreira – e aí ponto final. Paulo Baier, 40 anos, dono de 106 gols no Brasileirão desde que o campeonato passou a ser disputado na atual fórmula, em 2003, busca a última equipe de sua longa trajetória. No ano passado, esteve no Criciúma, rebaixado à Série B – e passou boa parte da temporada na reserva. Seu contrato foi rescindido antes do término da competição. Vem jogando partidas na várzea em Ijuí-RS, sua terra natal, enquanto analisa propostas.