Sem vencer há quatro jogos no Campeonato Brasileiro, o Fluminense entrou na zona de rebaixamento da competição. Com 30 pontos em 29 rodadas, caiu para o 17º lugar com a vitória do Cruzeiro sobre o Botafogo na noite de quinta, no Nilton Santos. A nove partidas do fim, o portal “Globo Esporte” listou os fatores que precisam ser corrigidos até o término da competição para evitar a queda para a Série B.
A pontuação média para a salvação é de 45 pontos. Logo, faltam 15 para o Tricolor das Laranjeiras. Nestes nove jogos, seriam necessárias cinco vitórias, quatro triunfos e três empates ou três vitórias e seis empates. Veja os fatores listados como prioritários segundo o site Ge!
E para conseguir bons resultados nesta reta final de temporada, o Fluminense precisa parar de ceder pontos para rivais diretos na luta contra o descenso. Neste campeonato, o Tricolor já perdeu para CSA e Avaí no Maracanã e desperdiçou pontos contra Ceará e Chapecoense dentro e fora de casa. Sem contar as duas derrotas para o Goiás, que praticamente está fora da briga. São mais quatro confrontos diretos pela frente: Atlético-MG, CSA, Avaí e Fortaleza.
O Fluminense tem a quarta pior defesa do Brasileirão (41 gols sofridos) e segue apresentando muitas falhas defensivas sob o comando de Marcão. Lembrando sempre que o sistema defensivo não se resume à zaga. O time tenta usar uma marcação avançada. E para isso é preciso que os homens de frente pressionem os adversários ao perderem a posse. Isso somado ao mau posicionamento dos defensores resulta em diversos contra-ataques fatais.
Outro problema crônico é a falta de pontaria dos jogadores tricolores. Foram diversas as partidas que o Fluminense criou chances em profusão, mas deixou de vencer por não conseguir concretizá-las em gol. Os dois últimos jogos, contra Chape e Ceará são exemplos das péssimas finalizações. Atacantes como Yony González, João Pedro, Wellington Nem e Lucão vivem jejuns. Centroavantes na base, Marcos Paulo e Evanilson poderiam ser testados.
A sequência de jogos sem vencer e a série de oportunidades desperdiçadas tem diminuído a confiança dos jogadores do Fluminense. A comissão técnica precisa fazer um trabalho psicológico para reforçar a parte mental dos atletas. Precisa também tirar o “algo a mais” do time, que em determinados momentos dos jogos tem mostrado certo desânimo.
Ganso e Nenê são, inegavelmente, dois jogadores de grande técnica e também de grife. No entanto, em razão de estilo de jogo e de idade, criam um desafio em escalá-los juntos. Não que ambos não possam jogar juntos. Mas é preciso saber usá-los. Marcão não pode ficar refém de ter sempre que escalar os dois. Há jogos que vale começar com os dois, outros apenas com Ganso, outros somente Nenê… Há também a alternativa de ambos revezarem para não sentirem tanto desgaste da sequência de jogos. É preciso analisar adversário por adversário.
A cúpula de futebol do Fluminense precisa também mostrar convicção na decisão sobre o treinador da equipe. O Tricolor está no terceiro comandante diferente na temporada. As demissões dos dois técnicos anteriores tiveram cenários parecidos: pressão e ultimato por uma vitória em casa. Ainda confia em Marcão para esta reta final de Brasileirão? Não confia mais? Então, quem trazer? Não há mais margem para outra escolha errada.
A direção também precisa evitar que problemas extracampo interfiram no elenco, como a questão salarial. Para isso, é preciso seguir evitando o aumento dos atrasos. Houve pagamentos recentes e atualmente há a folha de setembro em aberto e a de outubro a vencer. Precisa também blindar os jogadores de pressões extracampo, como invasão a CT, e também que a turbulência política não afete o futebol.
Confira os jogos que o Fluminense tem pela frente!