Um ano de poucas emoções para o Fluminense e muitas incertezas. Depois de negociar o maior ídolo das últimas décadas, o clube viu seu desempenho despencar ainda e acabou ficando em posição medíocre no Brasileiro. Apesar disto, no primeiro semestre veio o título da Primeira Liga, enquanto que no segundo semestre o CT foi aberto para a imprensa e, também, atletas.

Neste contexto, o portal Globoesporte.com fez um pequena retrospectiva acerca da temporada tricolor. Veja:

Cofres abertos para contratar
– Diante da necessidade de reforçar o elenco, a diretoria do Flu abriu os cofres e contratou jogadores de peso, como Diego Souza e Henrique, além da revelação Richarlison, que custou R$ 10 milhões. Era a tentativa de suprir as carências que haviam ficado evidentes em 2015. O desempenho, no entanto, ficou abaixo do esperado.
Torneio da Flórida
– O local da pré-temporada foi os Estados Unidos. A qualidade da preparação e da estrutura melhoraram, mas as vitórias no Torneio da Flórida não aconteceram: empate com o Shakhtar Donetsk e derrota para o Inter. Fred, assim como no ano anterior, não jogou. Quem esteve em campo foi Ronaldinho Gaúcho em um misto de ação de marketing e adeus.
Carioca frustrante
– Com um desempenho instável, o Flu terminou a primeira fase da competição em terceiro lugar no Grupo A, atrás de Vasco e Boavista. Na segunda fase, o Tricolor ficou em segundo em seu grupo, atrás novamente do Vasco. O adversário na semifinal foi o Botafogo, e o Flu acabou derrotado por 1 a 0, dando adeus ao estadual.
Título da Primeira Liga
– A competição começou cercada de discussões fora do campo, principalmente por causa das divergências com a Ferj. Quando a bola rolou, o torneio se tornou o motivo de maior vibração do Flu na temporada. A vitória por 4 a 3 sobre o Cruzeiro, no Mineirão, com show de Diego Souza, ficou marcada. Mas o ponto alto foi o gol de Marcos Junior na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-PR, em Juiz de Fora, que deu o título ao Tricolor. O único em 2016.
Troca de técnicos
– O Flu iniciou a temporada com Eduardo Baptista, demitido após a derrota para o Botafogo no Espírito Santo. Na ocasião, o vice de futebol Mário Bittencourt e o diretor Fernando Simone também deixaram o clube. O auxiliar Marcão comandou a equipe até a chegada de Levir Culpi, que sobreviveu a uma briga com Fred, mas não ao desempenho ruim do Flu na reta final do Brasileiro. Marcão assumiu, novamente, nas últimas rodadas. Em 2017, Abel Braga estará no comando.
Fred e Diego Souza dão adeus
– Depois de sete anos, 288 jogos e 172 gols, o ídolo Fred deu adeus ao Fluminense e foi para o Atlético-MG. A saída do camisa 9 representou uma economia para o clube, mas também uma grande perda técnica para o time. Antes do capítulo final, ele já havia ensaiado o divórcio ao se desentender com Levir. Antes do artilheiro, Diego Souza já havia se transferido para o Sport depois de apenas cerca de três meses nas Laranjeiras. Alegou problemas pessoais. Não estava mais motivado no Flu. Tanto ele quanto Fred acabaram sendo os goleadores do Brasileiro com 14 gols.
Copa do Brasil – revolta tricolor
– O Fluminense, depois de eliminar o Tombense-MG, Ferroviária-SP e Ypiranga-RS, mediu força com o Corinthians nas oitavas de final e acabou eliminado. Houve um empate por 1 a 1 no Giulite Coutinho e os paulistas venceram por 1 a 0 na Arena Corinthians. O sentimento tricolor foi de revolta com a arbitragem. Foram três gols anulados, reclamação de pênaltis em Cícero e Richarlison, além da expulsão de Marquinho e um impedimento mal marcado de Marcos Júnior.
Campeonato Brasileiro – nova frustração
– Foram 13 vitórias, 11 empates, 14 derrotas e uma grande frustração. Depois de chegar a se animar na briga por uma das vagas na Libertadores, o Flu terminou na 13ª posição, longe do objetivo, que havia ficado mais fácil este ano com o aumento do número de vagas na competição continental (G-6). A reta final da equipe foi desastrosa: dez jogos seguidos sem vencer.
Sonho do CT sai do papel
– O desejo de ter um centro de treinamento de boa qualidade para tirar o futebol das Laranjeiras, enfim, saiu do papel. Apesar de as obras ainda não estarem 100% concluídas, o elenco já passou a treinar na nova casa na reta final do Brasileiro. A pré-temporada de 2017 deve ser feita também no local. A expectativa é de que o clube consiga melhorar a segurança, já que dois roubos foram registrados em um curto período.
Abad eleito para o próximo triênio
– Com 2.126 votos (50,39%), Pedro Abad, ex-presidente do conselho fiscal, se elegeu mandatário do Fluminense pelos próximos três anos. Ele era o candidato da situação, com apoio de Peter Siemsen e de outras figuras importantes no cenário político do Tricolor, como o vice de projetos especiais Pedro Antônio Ribeiro da Silva.