Com poucas possibilidades financeiras nos últimos anos por conta da crise sofrida neste sentido, o Fluminense tem encontrado diferentes alternativas para continuar reforçando a equipe mesmo com poder mais baixo de negociação. Desde 2015, quando a parceria com a Unimed teve fim, o clube teve uma média de gasto de R$ 12,2 milhões em contratações, algo considerado baixo para clubes grandes, além de manter um teto salarial para tentar fugir da asfixia nos cofres.

Os meios encontrados são os empréstimos e as oportunidades de mercado com atletas sem contrato. Neste ano, o Fluminense pagou R$ 2,8 milhões pelo atacante Fernando Pacheco e mais R$ 3,3 milhões por Michel Araújo. O goleiro João Lopes não teve valores divulgados. Apesar dos 10 nomes contratados, a economia foi alta.

 
 
 

Em 2019, por exemplo, foram 21 contratações com nomes como Wellington Nem, Nenê, Muriel e Paulo Henrique Ganso. Os três últimos liberados sem custos. Isso fez do Flu o quarto clube da Série A que mais contratou.

De acordo com os balanços financeiros disponíveis no portal da transparência do clube, o Fluminense gastou R$ 15,7 milhões em 2012, crescendo para R$ 22,4 milhões em 2013 e R$ 17,2 milhões em 2014, último ano com a Unimed como patrocinadora. O valor subiu para R$ 21,6 milhões em 2015, mas só caiu desde então. Foram R$ 17,6 milhões em 2016, R$ 7,8 milhões em 2017, R$ 3,3 milhões em 2018 e 10,6 milhões no ano passado, quando o número voltou a crescer consideravelmente.

Para 2020, Egídio chegou de graça após rescindir com o Cruzeiro, assim como Yago Felipe, que encerrou o vínculo com o Vitória. Matheus Cassini, contratado para o sub-23, também acertou sem custos. Os emprestados são Henrique, Caio Paulista, Felippe Cardoso, Hudson. O clube ainda pode aumentar o patamar dos investimentos após a paralisação. Isso porque o atacante Fred tem chegada prevista e, apesar de ser de graça após conseguir liminar para rescindir com o Cruzeiro, os salários são altos. Além disso, há a chance de mais um ou dois nomes entrarem nos planos.

Cabe destacar ainda o aumento na arrecadação pela venda de jogadores. Se em 2012 o valor foi R$ 14,2 milhões, em 2019 o Fluminense faturou R$ 105,4 milhões com a saída dos atletas, valores cada vez mais importantes para que as dívidas sejam pagas. Em 2018 esse valor havia sido de R$ 119 milhões contra R$ 33,1 milhões em 2015, R$ 50,4 milhões em 2016 e R$ 42,8 milhões em 2017.