O Uol fez uma lista de sete Fla-Flus que marcaram história. Segundo o portal, estes jogos provam que o clássico é o mais charmoso dentre todos no futebol brasileiro. Se o Rubro-negro leva vantagem no número de vitórias (148 contra 129 – 132 empates), o Tricolor celebra o fato de se dar melhor em finais. O clube das Laranjeiras venceu oito das 11 vezes em que eles se encontraram valendo o título Estadual. Confira a lista do portal:
23/11/1941 – Flamengo 2 x 2 Fluminense – O “Fla-Flu da Lagoa”
A decisão do Carioca de 1941 marcou um dos mais emblemáticos episódios envolvendo os dois rivais. Só a vitória interessava ao Flamengo, que saiu perdendo por 2 a 0. Os rubro-negros buscaram o empate, mas não contavam com uma artimanha tricolor. Sob intensa pressão e com o goleiro Batatais lesionado, os jogadores do Flu começaram a chutar as bolas na Lagoa Rodrigo de Freitas, ao lado do estádio da Gávea. Para que a partida fosse reiniciada o mais rapidamente possível, os remadores do Flamengo fizeram o papel de gandulas. O esforço foi em vão e o Tricolor levantou o troféu.
15/12/1963 – Flamengo 0 x 0 Fluminense – Maraca lotado
O Fla-Flu é o jogo que registrou o maior público ente clubes de toda a história. Na finalíssima do Carioca de 1963, 194.603 torcedores presenciaram o 0 a 0 que deu o título aos rubro-negros. O empate servia ao Flamengo, que soube suportar a pressão e levar a taça para a Gávea. O clube quebrou um jejum de oito anos sem conquistas estaduais.
11/12/1983 – Fluminense 1 x 0 Flamengo – O nascimento do carrasco
O triangular que definiu o campeão do Carioca de 83 reuniu Flamengo, Fluminense e Bangu. Após um empate com o Alvirrubro, o Flu precisava desesperadamente de uma vitória sobre o rival. A torcida rubro-negra já cantava a vitória até que Assis, aos 45min da etapa final, fez o gol que daria o título ao Tricolor. O Flamengo bateu o Bangu e deu o título de bandeja para o rival. Era o início da saga do tri-carioca.
16/02/1986 – Flamengo 4 x 1 Fluminense – Dia de Zico e Sócrates
O destino reservou uma boa surpresa para Zico. Depois de sofrer grave lesão no joelho em 1985, a volta do Galinho foi justamente em um Fla-Flu. Logo ao entrar em campo, os tricolores “saudaram” Zico com gritos de “bichado”. A resposta do camisa 10 não poderia ser mais amarga para a torcida do Flu. Ao lado de Sócrates, ele foi o maestro na goleada rubro-negra por 4 a 1. Autor de três gols, Zico foi ovacionado pelos rubro-negros, que cantaram em coro no Maracanã: “Recordar é viver, o Zico acabou com você!”.
02/12/1989 – Flamengo 5 x 0 Fluminense – O adeus do 10
Juiz de Fora foi o palco que marcou o último jogo do Galinho de Quintino. O rival? O Fluminense. Convivendo com graves problemas físicos, o ídolo penduraria as chuteiras no final da temporada de 1989, mas não sem castigar o adversário mais uma vez. De falta, Zico marcou seu último gol com a camisa do Flamengo e se consolidou ainda mais no topo da lista dos maiores artilheiros do clássico: 19 gols em 44 duelos.
25/06/1995 – Fluminense 3 x 2 Flamengo – A barriga de Renato
Um octogonal decidiu o Carioca de 1995 e coube a Flamengo e Fluminense se enfrentarem na partida que definiria o campeão. No ano de seu centenário, o Flamengo contava com a presença de Romário no elenco, mas o astro daquela noite seria mesmo Renato Gaúcho. O Flu abriu 2 a 0, mas cedeu o empate ao Flamengo, que dependia de uma igualdade para ganhar o título. Aos 42 da etapa final, Ailton fez boa jogada pela direita, cruzou para Renato, que colocou a barriga na bola para definir o jogo. Na súmula, o árbitro Leo Feldman creditou o gol ao meia, mas quem entrou para a história foi mesmo o camisa 7.
3 de março de 2001 – Fluminense 1 x 1 Flamengo – Pênalti espírita
Após um empate no tempo normal, Flamengo e Fluminense decidiram a Taça Guanabara de 2001 nos pênaltis. Reinaldo, Juan e Roma já haviam convertido suas cobranças, e Magno Alves tinha sido parado por Júlio César. Manter a vantagem no marcador cabia ao lateral-esquerdo Cássio, cria das divisões de base do Fla. Ele correu, bateu com a perna esquerda e foi parado pelo goleiro Murilo. O camisa 1 não contava com o efeito que a bola tomaria. Depois da defesa, a bola subiu e morreu lá dentro. O volante Beto marcou a última penalidade, garantiu a taça e a vaga na decisão do Estadual, quando o Rubro-negro se sagrou tricampeão.