Com a proximidade das eleições, Pedro Abad está muito perto de deixar o cargo de presidente do Fluminense. Na próxima segunda-feira, dia 10 de junho, seu sucessor, Mário Bittencourt ou Ricardo Tenório, assume em seu lugar. Mas e quanto às promessas de campanha de sua gestão? O portal Globoesporte detalhou aquelas que foram cumpridas. Confira:
REELEIÇÃO
O que Abad prometeu:
28/04/2016 – Aliás, caso seja eleito, não vou concorrer a reeleição.
23/06/2018 – Não. Isso não vai acontecer. Primeiro, sempre disse que não iria ocorrer. Tenho convicção de que o segundo mandato é pior do que o primeiro. O desgaste é muito grande. A reeleição não é boa. Fischel, Horcades e Peter fizeram piores segundos mandatos. Meu nível de investimento familiar não tem como aumentar mais. Não dá.
O que aconteceu:
Dadas as circunstâncias que fizeram com que a eleição fosse em junho de 2019, provavelmente Abad não iria concorrer mesmo se quisesse. De qualquer forma, o presidente cumpriu o que prometeu, até porque tocou mais de uma vez no assunto e falou desde a campanha que não tentaria a reeleição.
O que Abad prometeu:
28/09/2016 – Acreditamos firmemente que vamos conseguir um acordo que nos permita jogar no Maracanã sem perder o foco no futuro, que é nosso estádio. O Maracanã é palco de conquistas, e não podemos abrir mão dele.
O que aconteceu:
De fato, o Fluminense não abriu mão do Maracanã. Recentemente, com o estado do Rio cedendo a gestão do estádio para o Flamengo e o Tricolor, Abad conseguiu fazer com que o clube se mantivesse lá. Essa promessa foi considerada cumprida porque, apesar de ele citar o estádio próprio que não foi para frente, conseguiu continuar com o Maraca como principal palco para os jogos do Flu.
TÉCNICO
O que Abad prometeu:
13/11/2016 – Vamos buscar um técnico especificamente com um perfil que interessa a filosofia do Fluminense de fazer futebol.
O que aconteceu:
Abel Braga fechou com o Fluminense alguns dias depois de Abad falar sobre esse treinador que interessava à filosofia do Tricolor de fazer futebol. O técnico comandou o clube de dezembro de 2016 a junho de 2018. Durante essa última passagem, levou a Taça Guanabara e se tornou o segundo treinador que mais vezes esteve à beira do campo pelo Flu.
SÓCIO-TORCEDOR
O que Abad prometeu:
25/05/2017 – A gente vê nas redes as pessoas pedindo a volta do plano 100%, é um plano interessante. Mas soltar ele sozinho vai atrapalhar a estratégia dos demais planos. Então, estamos formatando os demais para poder inserir o de 100%. A gente sabe que o torcedor quer. Ele vai voltar, em breve.
O que aconteceu:
Talvez não tão cedo quanto queria o torcedor, mas Abad realmente voltou com o plano de desconto de 100% no ingresso para os sócios-torcedores que paguem a partir de R$ 75 mensais. Aliado a ele, existem outros planos para os tricolores que quiserem se associar.
DIEGO CAVALIERI
O que Abad prometeu:
19/01/2018 – Gostaria de informar também uma homenagem que faríamos ao Diego esse ano. Os goleiros não vão usar a camisa 12, era uma coisa que já estava estabelecida. A maneira como estamos divulgando isso, posteriori à fala dele, pode parecer casuísmo, mas isso já estava estabelecido.
O que aconteceu:
Realmente nenhum goleiro usou a camisa 12 no ano que o Fluminense dispensou Diego Cavalieri e outros jogadores pouco antes do início da temporada. Quem herdou o número normalmente destinado ao homem que fica embaixo das traves foi o lateral-esquerdo Marlon. O titular no gol daquele ano foi Júlio César, que usava a camisa 22, e o reserva era Rodolfo, que vestia a 39.
RENÚNCIA
O que Abad prometeu:
23/06/2018 – Estou aqui para cumprir uma etapa que é dura. A torcida quer time, mas o momento do clube é de reestruturação. Então, o investimento é menor. Se o time não ganha, o xingamento é mais alto. Acho injusto, mas entendo. Não reclamo. É legítimo. O torcedor tem direito de não gostar de mim. Agora, eu quero ganhar também. Qual a lógica de eu perder convívio familiar, tempo profissional e momento de lazer? Se eu desistir no meio, estou jogando fora tudo. Não vou fazer isso. Não vou renunciar.
20/12/2018 – Eu não tenho apego ao cargo. Mais importante do que eu é a paz na instituição. Não irei renunciar ao meu cargo porque não vou deixar o clube na mão de quem não tem legitimidade para tal. Ainda mais que essas pessoas foram as que levaram o Fluminense para a Série C.
O que aconteceu:
Realmente o atual presidente não renunciou ao cargo, apesar da constante pressão política que sofreu. Foi justamente por causa dela que Abad resolveu antecipar as eleições para o dia 8 de junho.
XERÉM
O que Abad prometeu:
23/06/2018 – Não. Isso não existe. Não tem como vender Xerém. Até porque a legislação não permite. Poderia se criar um fundo, mas não vamos fazer. Nenhuma operação que estamos pensando envolve Xerém. Não existe essa possibilidade.
O que aconteceu:
De fato, até o fim do mandato de Pedro Abad, não houve qualquer consolidação de uma possível venda de Xerém, onde mantém seus garotos da base. Mesmo com as dificuldades financeiras, jamais o presidente tricolor chegou a assinar algo para vender o CT, por mais que tenha vendido algumas promessas logo cedo para fazer caixa.