Artilheiros do Brasileirão até o momento, Germán Cano, do Fluminense, e Jonathan Calleri, do São Paulo, disputam o posto gol a gol. Hoje, o argentino do Tricolor das Laranjeiras está na frente. Tem 10 gols, contra 9 do adversário paulista. Domingo, os dois se enfrentam, no Morumbi, pela 17ª rodada do torneio.
Pegando esse gancho, o portal GE fez um comparativo dos números dos dois e os mapas. O levantamento foi feito com os dados do blog Espião Estatístico. Confira:
O que mais chama atenção é que a maioria dos gols marcados pelos argentinos ocorreram com apenas um toque na bola: oito dos dez gols de Cano e oito dos nove de Calleri. Os dois costumam finalizar em melhores condições que a maioria dos jogadores da competição e são muito eficazes.
No Brasileirão, Germán Cano tem 48 finalizações e 10 gols: são oito cabeçadas (três gols), uma barrigada (um gol), 27 chutes com a perna direita (cinco gols) e 12 com a esquerda (um gol).
Das 27 finalizações com a perna boa, 15 foram de primeira (quatro gols) e 12 foram com mais de um toque (apenas um gol). Com a perna esquerda, metade dos chutes ocorreram de primeira e a outra metade ajeitando, com o gol saindo com mais de um toque na bola.
Jonathan Calleri tem 44 finalizações na competição, quatro a menos que o seu compatriota. Foram 15 cabeçadas (quatro gols), uma finalização de letra, 23 com a perna direita (quatro gols) e apenas cinco com a perna “ruim” (e um gol).
Dessas 23 finalizações com a perna boa, foram dois pênaltis (um convertido), oito de primeira (três gols) e 13 ajeitando (nenhum gol). O gol feito com a perna esquerda vem de uma finalização ajeitada. Ou seja, até agora, Calleri não marcou gol quando finalizou com a perna direita dando mais de um toque na bola.
Comparação no campinho:
Quando analisamos outras estatísticas que não são finalizações, é possível notar que Jonathan Calleri acaba participando muito mais da construção das jogadas do São Paulo do que Germán Cano pelo Fluminense.
O atacante do Tricolor Paulista tem 232 passes registrados na competição (63 errados, com 72,8% de precisão), enquanto o do Tricolor carioca tem 206 (39 errados, com 81,1% de precisão). Calleri acaba errando mais porque 60% dos seus passes ocorrem no último terço do campo, onde acaba arriscando mais nas jogadas. Apenas 31% dos passes de Cano ocorrem no último terço (o jogador costuma finalizar mais e receber mais passes de seus companheiros nessa parte do campo) e 62% dos passes na zona intermediária.
Outro mapa que evidencia uma maior participação na construção de jogadas de Calleri é o de faltas recebidas. Curioso notar que a maioria das poucas faltas sofridas de Cano ocorrem no campo defensivo.
O mapa de faltas cometidas aponta pra esse estilo mais “brigador” dentro de campo de Calleri, que muitas vezes acaba disputando jogadas aéreas com defensores e comete faltas no campo de ataque. Ainda, quando pressiona (e geralmente sozinho), acaba cometendo outras infrações.