Um Fluminense misto, pouco inspirado e com muita dificuldade de penetrar na defesa adversária. Um até então lanterna Grêmio, todo fechado, mais preocupado em se defender e pouco efetivo nas saídas em contra-ataque. O duelo válido pela 12ª rodada do Brasileirão caminhava a passos largos para um 0 a 0 no Maracanã. Quando a minutos do fim, em um lance despretensioso, o VAR sinalizou um pênalti que deu a vitória ao time gaúcho por 1 a 0. O portal GE analisou o revés.
Se a derrota pareceu um castigo excessivo para o que foi a partida, o time de Roger Machado também não fez por onde para sair vitorioso. Desde a escalação inicial que não encaixou, às mexidas que não surtiram efeito, faltou efetividade ao Flu. Contra um adversário ainda em crise, o Tricolor desperdiçou ao menos um ponto que pode sentir falta mais na frente.
Com o duelo de volta das oitavas de final da Libertadores contra o Cerro Porteño na próxima terça-feira, Roger optou por um time misto do Fluminense. Decisão acertada. Ao mesmo tempo que preservou alguns titulares para o torneio prioridade do clube na temporada, aproveitou o fato dos dois jogos serem no Rio para manter algumas peças e evitar uma queda drástica de qualidade.
A escalação inicial, porém, mais precisamente o meio de campo, não fluiu. Martinelli fez grande jogo, vale ressaltar. E não que Wellington e Ganso tenham ido mal. Não cometeram deslizes, nem erros gritantes. Só não funcionou o esquema com as peças.
Formando dupla de volante com Martinelli, Wellington ficou um pouco sem função na configuração que o jogo se desenhou. Mais técnico, era o jovem quem vinha nos zagueiros buscar a bola para organizar a construção de trás. E Wellington, pelas características mais defensivas, não subia tanto e pouco tinha trabalho defensivamente, já que o Grêmio mal atacava. Para o panorama do jogo, um meia que saísse mais poderia ser uma alternativa, ou talvez Wellington mais preso para Martinelli ter mais liberdade para atacar fosse mais efetivo.
Além disso, o Fluminense encontrou um adversário muito fechado. Com a missão de resgatar a confiança de um Grêmio à deriva no Brasileiro, Felipão começou buscando solidez defensiva ao time. Compactou as linhas, povoou a frente da área e dificultou a vida do pupilo Roger. O Flu trocava passes, rodava a bola, mas não penetrava. Gabriel e Luiz Henrique não conseguiam encontrar os espaços para serem acionados por Ganso pelo meio. Os laterais também não conseguiam subir muito à linha de fundo.