Durante a paralisação dos campeonatos por conta da pandemia de coronavírus, os clubes negociam com jogadores e sindicatos soluções para o pagamento de salários. Representante da Comissão Nacional dos Clubes, Mário Bittencourt conta em que pé estão as tratativas.
Segundo o presidente do Fluminense, é necessário que se chegue a um acordo para o caso da interrupção se prolongar.
— Estou sendo porta-voz dos clubes. Não é uma liderança especificamente nesse tema. Tem uma Comissão Nacional dos Clubes, estatutária da CBF. Sou um dos cinco membros de clubes da Série A. Além do Fluminense, tem Grêmio, Atlético-MG e Palmeiras. Estamos fazendo reuniões com os presidentes das quatro divisões. Estou sendo porta-voz por ter sido escolhido por eles por ser, além de presidente de clube, advogado nas áreas desportiva e trabalhista. As propostas não são minhas unilaterais. Sim de um colegiado dos presidentes de clubes. Na última videoconferência que fizemos essa semana tinham 46 presidentes de clubes. O que levamos de proposta nesse momento de dificuldade e calamidade pública seria de antecipar as férias para abril. Enquanto houver a paralisação, fazer uma redução de 25% na remuneração dos atletas para podermos minimamente diminuir os prejuízos dos clubes, com perdas de patrocínio, sócio-futebol, no período sem jogos. Estamos tentando minimamente buscar um acordo só para o tempo de paralisação. Até para podermos manter os empregos dos menos favorecidos. O caixa é único. Temos funcionários. Todos são tão importantes quanto os jogadores, a sobrevivência depende de todos eles. Não é uma proposta de um lado contra outro. É para minimizar os prejuízos e garantir os empregos. Estamos aguardando a resposta dos sindicatos dos atletas até hoje. Se não houver acordo, faremos nova conferência amanhã dos clubes para sim dar uma posição mais definitiva. Esperamos que a proposta seja aceita para podermos seguir – falou.
