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Porque o FLUMINENSE é maior que a Flusócio

Crys Bruno

Oi pessoal! Reinício do Brasileirão com o Fluminense a dois pontos do Z4 e com um clássico de cara. O Clássico dos Gigantes virados para a zona do rebaixamento: Fluminense vai à São Januário, nesta quinta, às 20h, reiniciar a luta para se distanciar do fantasma da Série B. Quinta é uma decisão. Sem taça. Afinal, gigantes a dois, três pontos da zona do rebaixamento não disputam taças e, sim, a quem resta ainda um pingo de “sorte”, “azar”, “vergonha na fuça”. Se o Bahia vencer a Chapecoense no Sul e perdemos o clássico, Marcelo Oliveira iniciará seu trabalho já no abismo do 17° lugar, porque o “jênio dos 3 zagueiros postes” jogou o boné com o time assim. Abel não era o mal. Ele só conseguiu a proeza de piorar o péssimo. Em 2013, com time de ainda muitos “Medalhões Unimédicos”, nesse mesmo mês de julho, o mesmo “jênio Abel” nos deixou  já em 17°. O mal do Fluminense começou no eleito presidente Fabio Egypto. O primeiro da nossa história que nunca venceu um título. Dessa turma da sauna da piscina e quadra da tênis, 90% dos mesmos nomes e afilhados, tomaram e comandam o Fluminense ate hoje, como se toma uma bala de uma criança. Aos mais jovens, basta ler só a manchete retirada do arquivo do Jornal O Globo de 01 de Outubro de 1989, para associá-los. E mera semelhança nos discursos de Peter & Pedro não são coincidências:

Arquivo Agência Globo.

Nessas três décadas, a doença já está em processo de eutanásia comandada pelo destruidor “vírus Flusócio”, o grupo para quem restou o tiro de misericórdia, desligando as máquinas. Com base no discurso também conhecido como o “complexo de vira-lata” ou “a tragédia do pigmeu”, a Flusócio coloca, novamente, o gigante Fluminense como um rato fugindo da armadilha da Série B. Rato como o rival da Colina “vê” em seu campo, ainda pagando o preço do  poder absoluto do Eurico, a quem a sua torcida deve muitos títulos e a subida nacional de patamar a juros altos. No Fluminense se deu o contrário, mas o preço e os juros altos são os mesmos. Nas Laranjeiras, no mesmo período Eurico, ao invés de títulos, apequenamento mental, estrutural, consequentemente, financeiro e moral. Mas… Técnico novo, nova tática, nova expectativa embora o mesmo presidente, os mesmos efeitos da doença Flusócio: desânimo, taquicardia, sudorese, irritação, insônia, cefaleia e até febre voltem com o reinício do Brasileirão. Lá vou eu me agarrar ao “verde da esperança”, esperando que o Fluminense alcance o topo da montanha, nessa escalada de 26 pelejas, mesmo jogado (mas não ainda caído), numa cova, enrolado, entrelaçado, sendo agarrado e picado por cobras e seus filhotes que se rastejam, asquerosas, no clube, desde Fabio Egypto (1987). Lá vou eu me agarrar à fascinação pela disciplina que me domina o coração do clube que como ninguém definiu igual ao saudoso escritor, Artur da Távola: “Ser Fluminense não é ser melhor mas ser certo. Não é vencer a qualquer preço mas vencer-se primeiro para ser vitorioso depois.” Dois mil e dezoito e 2019, o tricolor comum como eu, consumidor porque apaixonado; o tricolor comum que paga o ingresso e recebe em troca um time acovardado e uma diretoria fraudulenta e mentirosa; o tricolor comum como eu que sofre a cada derrota “à espera de um milagre 2009” ou da “tempestade de êxtase de 2010”, esse sabe que precisamos nos vencer, derrotando primeiro o “vírus Flusócio” para se livrar do rebaixamento moral que nos colocaram. No sábado, 21 de julho, a instituição mais linda e berço do futebol desse país, 1° grande a se nomear FUTEBOL CLUBE,  completa 116 anos. Esse é o nosso Fluminense que queremos de volta e que desde 1987 vem sendo roubado de nós pelos mesmos, que nesse tempo brigaram entre si, mas a célula cancerígena é da mesma sauna, não é só um clube grande “porque grandes são os outros, o Fluminense é enorme”, sentenciou o profeta Nelson Rodrigues. Quinta é decisão. E lá vou eu de novo “sob a luz do refletor”, estremecer de paixão e luta pela dignidade de ser tricolor, de “ser certo, sem ser boboca”, que ninguém roubará de nós, tricolores comuns, que no sangue verde, branco e grená tem o Fluminense como sua raiz. Que venha a primeira vitória de presente de aniversário para iniciarmos com triunfo a nova série épica de nossa história: “Fluminense, maior que a Flusócio de Fabio Egypto a Pedro Abad.” Toque rápido – Enquanto presidente, vices e gerentes de clubes de futebol  não responderem com o patrimônio próprio os desmandos e impropridades administrativas e lesivas aos nossos clubes de coração, o futebol brasileiro continuará essa zona e nossas paixões cada vez mais falidas e endividadas. Mas… Parabéns, meu Fluminense! Parabéns, Tricolor! Parabéns, tricolores comuns, apaixonados e consumidores do Fluminense como eu. Play no Hino mais lindo do mundo, DJ! Fraternalmente, ST. Imagem: Reprodução/Internet. Pôster da verdadeira máquina tricolor (“by” Sergio Trigo) e o último time que soube atuar com nossa essência, mesmo com “desconhecidos”, encarnaram o espírito verde, branco e grená do “Ser Fluminense” (Artur da Távola), em campo e fora dele.  

Bacharel em Direito com Especialização em Gestão Profissional no Futebol pelo Centro Universitário Internacional. Escrevo sobre futebol desde 2009 quando comecei no Jornal da Cidade, Niterói. Com passagens pelo FEA, Flu&Etc e Panorama Tricolor, desarmo melhor que o Richard, cruzo melhor que o Leo, marco melhor que o Airton , lanço melhor que o Jádson, finalizo melhor que o Marcos Jr, corro mais que o Gum e jogo mais que o Pedro. Ops, "esta" foi mentira. Rs.

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