(Foto: Mailson Santana/FFC)

Historicamente, o Brasil sempre foi conhecido pelo seu futebol arte, que encantava multidões por onde passava. Foi assim nas Copas de 58 e 62, com Pelé e Garrincha, na Copa de 70 com o “quarteto dos 10” formado por Pelé, Rivellino, Tostão e Jairzinho e, mesmo sem o título, na de 82, que tinha Falcão, Cerezo, Sócrates e cia. No entanto, dos anos 90 para cá, uma mudança brusca ocorreu no estilo de jogo praticado no Brasil.

Os times passaram a priorizar mais a defesa do que o ataque, apostando nos contra-golpes e em um estilo mais retroativo do que o Brasil estava acostumado. Remando contra a maré, Fernando Diniz é um dos poucos treinadores brasileiros que mantém a essência do futebol de antigamente e, em entrevista ao blog do jornalista Mauro Cezar Pereira, tentou explicar por que razão times que rejeitam a bola se fizeram bem sucedidos no país.

 
 
 

– É aritmético, se dos 20 uns 18 ou 19 jogam dessa forma, vai ganhar entre esses quem tem os melhores jogadores. O fluxo de caixa determina muitas vezes quem vai ganhar. Se todo mundo joga de maneira parecida, quase sempre vai dar o time que tem os melhores. Quem tem os melhores jogadores, os que decidem jogos, na frente e atrás, goleiro bom, zagueiros altos e rápidos, atletas na frente velozes e que fazem gols. Sua chance de ganhar as partidas aumenta muito, como a maioria joga de forma parecida, vence quem tem os melhores atletas – explicou.