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Por que falta vontade de jogar futebol?

Leandro Dias

Nobres tricolores, antes de cairmos no lugar comum é saudável entender, ou pelo menos tentar, o motivo da queda de produção de um time que nos fez ter orgulho papo de 15 dias atrás. O título da Copa da Primeira Liga premiou um Fluminense de espírito vencedor. Por qual motivo aqueles mesmos jogadores pararam de correr, de se dedicar? Não passa apenas por não colocar o pé nas divididas ou acertar no posicionamento. Faltou contra o Botafogo e na última quarta-feira vontade de jogar futebol. Todas as terças e sextas tenho minha peladinha aqui na Vila da Penha, outrora pacato bairro da Zona Norte carioca. Pago R$ 70 por mês para desfilar esses caniços e conto os dias para bater na bola. Por que será que jogadores como Cícero e seus retumbantes R$ 450 mil mensais não têm o mesmo tesão que um amador como eu? Ganharam a Primeira Liga e zé fini? Tá tranquilo, tá favorável? Não pode ser sério. Diminuir o que vimos em Araraquara a “esse time é fraco” não defronta a veracidade de que esses caras, mesmo sem jogar aquele futebol que esperamos, fizeram os bobocas aqui vibrarem e acreditarem ser possível competir no Brasileiro. Embora entrevistas coletivas possam mascarar realidades, dessa vez, Levir e a turma, no discurso, foram bem: faltou atitude. E o que o blogueiro quer entender é: porque? Exibições como essa diante da Ferroviária nos deixam encucados. A pulga não só fica atrás da orelha, como fixa residência. Logo vem a memória jogos vergonhosos como contra América-RN e Chapecoense, em 2014, e Santos, em Presidente Prudente, em 2013. Como não achar estranho Fred, pivô de uma desavença pública com Levir Culpi, ter se doado muito mais do que a maioria dos jogadores nas duas últimas partidas? Por que não pensar em “coisas escusas” quando Cícero abaixa a cabeça para Ribamar marcar o terceiro gol em três jogos contra o Fluminense? Explicar de que forma a sequência de passes errados de um metro, atletas mal posicionados e o pior, aquele trote irritante quando perdem a bola no ataque? Insisto, esse mesmo time que atesto limitação técnica, esbanjou saúde e disciplina tática na Copa da Primeira Liga sob o comando de Levir. O ex-vice de futebol tricolor, Alcides Antunes, sujeito boa praça, mas controverso, de muitas opiniões que discordo, tem uma frase que resume meu pensamento: Elenco de clube brasileiro não pode durar mais do que três anos. O Fluminense teve uma campanha desastrosa em 2015 e o que fizeram? Mantiveram a base. Era pra reformular, cacete! Reforços pontuais contrata quem tem grupo forte, reconhecidamente qualificado. Afinal, exceto Ricardo Drubscky, os trabalhos de Cristóvão, Enderson e Eduardo Baptista começaram promissores. Depois, caíram de maneira assustadora. Plantel viciado. Se essa diretoria pensa em alguma coisa neste ano – e quando escrevo “alguma coisa” falo de um título de Copa do Brasil que pode cair do céu, ou uma campanha digna de quarto colocado no Brasileiro – tem de revisar esse elenco. O Fluminense, em Araraquara, tomou três gols de um catadão, uma Ferroviária muito modificada em relação àquela do Campeonato Paulista, com um atleta a menos por 60 minutos. Não se trata apenas de deficiência técnica. A falta de vontade de jogar futebol passa pela postura de quem não tem muito mais a oferecer. Usem como moeda de troca, emprestem, negociem. Mas mudem. Outro ano de sofrimento ninguém aguenta.   tricoladas1

  • Levir teve estrela na mexida, mas era Richarlison, e não Magnata, a entrar
  • Se um jogador de R$ 10 milhões não é utilizado, tem alguma coisa errada
  • Incomoda a insistência do treinador com Pierre e Cícero na “volância”
  • Se futebol é momento, os de Edson e Douglas são melhores
  • Gerson sabe jogar, claro, mas seu retorno foi um erro
  • O que esperar de um jovem que já sabe que deixará o clube daqui a um mês?
  • Boa partida do Fred. Não só pelos gols. Evidenciando que algo acontece nos bastidores
  • SEIS reforços para o time titular. Senão, feliz 2017!
  • Assista aos programas da primeira temporada do Marca um 10! aqui

Um grande abraço e saudações! Siga-me no twitter: @LeandroDiasNF  

Um dos fundadores do NETFLU e editor do portal desde a sua criação, em dezembro de 2008, Leandro Dias é tricolor de berço, tem 37 anos e é formado pela Universidade Estácio de Sá. Jornalista desde 2004, trabalhou na Assessoria de Comunicação da Defensoria Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro. Em 2005 ingressou no quadro de funcionários do Diário LANCE! No veículo, trabalhou como repórter do site Lancenet! e também como repórter e apresentador da TV LANCE!

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