Pontos planejados

Robinho tem vaga entre os titulares do Flu (Foto: Mailson Santana/FFC)

Nobres tricolores,

 
 
 

empate frustrante no Fla-Flu? Não para mim. Pontinho fora do script de quem, invariavelmente, joga mal e briga contra o rebaixamento. Mesmo sem nunca ter entrado na zona do perigo, o Fluminense é postulante a ficar entre os quatro pelo (pouco) futebol que apresenta. Ausência de variação de jogadas e a tríade do i:  imaturidade, incapacidade ofensiva e inteligência tática reduzida. Mas não cai.

Restam 11 jogos, sete no Rio. Sete contra equipes médias/pequenas. Não vai ganhar todas. Nem precisa. Com 14 pontos nos safamos, mais uma vez, de jogar a Série B.

Digamos que tropece em dois desses no Maracanã. Um empate e uma derrota. Faltariam, portanto, 4 pontos para serem buscados em 18. Uma das partidas contra o Atlético-GO, provavelmente, já rebaixado, na última rodada, no esvaziado Olímpico de Goiânia.

O Fluminense precisará fazer uma força descomunal para deixar seus torcedores irritados e envergonhados mais uma vez. Vamos a uma projeção bem realista deste carinha aqui, de acordo com o nível das equipes, do próprio Tricolor atualmente, considerando, mando de campo, estatísticas contra grandes e rivais encardidos como a Chape:

Avaí (C) – Vitória

São Paulo (C) – Empate

Chapecoense (F) – Derrota

Bahia – (C) – Vitória

Botafogo (N) – Derrota

Coritiba (C) – Vitória

Cruzeiro (F) – Derrota

Corinthians (F) – Derrota

Ponte Preta (C) – Vitória

Sport (C) – Empate

Atlético-GO (F) – Vitória

 

Cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas. Dezessete pontos conquistados em 33 disputados. Aproveitamento de 51,51%. Total de 49 pontos. Percebam que nos clássicos nacionais simulei apenas um ponto conquistado.  Observem ainda que não há, em momento algum, sequência de vitórias.

O Fluminense não só se livra com facilidade, como tem boa possibilidade de garantir vaga na Copa Sul-Americana do ano que vem, caso não conquistemos o título nesta temporada.

Este aproveitamento superior ao atual necessita, dentre outras coisas, a uma escalação mais equilibrada. Marcos Júnior é voluntarioso, corre, mas vem tendo seguidas chances há cinco anos e não é nada diferente daquele jogador que estreou profissionalmente em 2012. Matheus Alessandro é “aloprado”, ingênuo, mas, ao contrário de Marcos Júnior, teve poucas oportunidades. Pelo menos é uma esperança de algo diferente.

Mas temos no banco o homem dos R$ 7,5 milhões. Uma diretoria que quando a oportunidade bate a porta grita aos quatro cantos que não tem dinheiro para nada e que precisa vender todo mundo, gasta uma fortuna dessas num atacante de Série B pra ficar na reserva do Marcos Júnior e do Romarinho…Faça-me o favor!

Nogueira não tem condições mínimas para fazer parte do elenco de qualquer grande clube brasileiro. Um dos piores zagueiros formados em Xerém. Não pode sequer ser opção no banco, pois corre o risco de entrar e deixar escapar pontos preciosos. No clássico com o Fla mengo por duas vezes, pelo menos, deixou o marcador livre para cabecear. A bola não entrou por capricho.

Na lateral direita, Lucas joga por falta de opção. A pilha acabou faz tempo, mas é menos nocivo do que Renato. Do outro lado, Marlon, nitidamente, é mais  técnico do que Léo. Marca pior, mas se superou no Fla-Flu. Diz ter feito a melhor partida da carreira no clássico. Sinal dos tempos…

Com Gum e Henrique na zaga, uma defesa mais protegida com Richard e Douglas, ou o Wendel, se resolver esquecer um pouquinho a Vila São Luiz na querida Duque de Caxias, Sornoza voltando à boa fase, Scarpa, Robinho e Dourado, podemos ter um fim de ano sem mais sustos.

Importante que a torcida, mesmo discordando dessa gestão, como eu, apoie esse time. Nunca vi atleta muito jovem vaiado dar a volta por cima. Se o jogo estiver difícil, amarrado o incentivo é o melhor a ser feito. Nada mais importante que o Fluminense se manter na elite.

Copa Sul-Americana? Isso é assunto para uma outra postagem.

– A raça pedida pelas Organizadas na reunião surtiu efeito: não faltou vontade

– Já futebol…

– O Flu pode jogar mais. Melhor é outro departamento.

– Sornoza demonstra insegurança em campo. Não parece à vontade

– O equatoriano transparece receio de se machucar novamente. Vale um bate-papo

– Peu aberto na ponta? Ô, Abel!

 

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