O Fluminense será julgado pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na quinta-feira, em sessão itinerante em Belo Horizonte, a partir das 10h. A pauta são os gritos homofóbicos por parte da torcida tricolor em jogo diante do Internacional na 35ª rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado.
Apenado com multa de R$ 50 mil pela Quarta Comissão Disciplinar no início do ano, o clube das Laranjeiras pediu revisão e agora terá o caso julgado na última instância do órgão.
A sessão de julgamento será presidida por Otávio de Noronha. O Fluminense foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.
Na partida contra o Inter, o árbitro Felipe Fernandes de Lima relatou na súmula a canção gritada por parte da torcida tricolor.
“Informo que aos 40 e 47 minutos do segundo tempo da partida, por alguns segundos a torcida do Fluminense entoou de forma rápida o canto (por duas vezes em cada momento): “arerê gaúcho da o cú e fala tchê”. o fato foi informado ao 4º árbitro sr. Felipe da Silva Gonçalves Paludo pelo delegado da partida sr. Marcelo Carlos Nascimento Viana e por ter cessado o canto de maneira rápida em um curto espaço de tempo, não houve necessidade de paralisar a partida, pois os cânticos não foram mais percebidos após o telão do estádio e o sistema de som solicitarem aos torcedores para que não entoassem cantos homofóbicos.”