Mais um passo adiante no futebol brasileiro? O projeto Clube-Empresa, que oferece a oportunidade e incentiva as associações desportivas a saírem do modelo de associação civil para empresa, entrou na pauta de votação e teve sua urgência aprovada nesta terça-feira. O grande evento político aconteceu no plenário da Câmara dos Deputados, com 329 votos a favor. Aprovada a urgência, o Projeto Clube-Empresa deve ser votado na próxima semana.

O NETFLU entrou em contato com a assessoria do relator do projeto, o deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ). Foi explicado que ele formatou o projeto junto com especialistas, clubes, dirigentes, federações, atletas e associações esportivas. A finalidade é atacar os fatores que levaram o futebol brasileiro ao colapso econômico-financeiro e incentivar a profissionalização do esporte.

 
 
 

– O novo modelo possibilita explorar o potencial que o futebol tem de alavancar recursos, atrair investidores, e fortalecer a economia, multiplicando o número de empregos diretos e indiretos dos 370 mil atuais, para mais de 2 milhões novos postos de trabalho. Segundo um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas, o PIB gerado pelo futebol, que hoje está na faixa de 0,2%, pode aumentar para 1,1%. O impacto socioeconômico que o esporte pode gerar para o país é enorme. Os clubes têm que ajudar a nossa economia e deixar de depender de ações emergenciais do Estado – ressaltou o deputado por intermédio de sua assessoria.

Vale ressaltar que que, com o projeto, os clubes brasileiros vão entrar num ambiente mais profissional com mais possibilidades de negócios, e vão poder competir de igual para igual com os times estrangeiros, que já adotaram o modelo de clube-empresa, salvo raras exceções. Além disso, a associação desportiva que sair do modelo de associação civil para empresa terá incentivos para ajudar a enfrentar as suas respectivas dívidas.

– O endividamento é um problema comum entre a maioria dos clubes brasileiros. Precisamos interromper esta geração de passivos e responsabilizar os responsáveis. O sufocamento dos clubes tira deles a capacidade de investir, de ter salários em dia, de formar uma geração de novos atletas e de empregar – finalizou o parlamentar.